sábado, 28 de janeiro de 2012

Das trincheiras de 36 e para sempre, um gudari da ANV

Ao recordar a figura do durangarra Bautista Uribe Beitia, há uma palavra que quase todos dizem: coerência. Quando a sua vida se apagou, na quarta-feira passada, aos 93 anos, na sua terra natal, deixou atrás de si 77 anos de compromisso com o seu país: aos 16 anos, alistou-se como voluntário nos batalhões do Eusko Ekintza Gudarostea e acabou os seus dias como presidente honorário dos gudaris que na guerra de 1936 defenderam os direitos de Euskal Herria e da sua classe trabalhadora sob a ikurriña e a bandeira da EAE-ANV.

Não teve uma vida fácil mas manteve sempre claro o compromisso com o seu país e com a classe a que pertencia, ideais de que não abdicou, por mais duros que fossem os momentos que lhe couberam em sorte.

A sua fidelidade ao ideário do partido fundado a 30 de Novembro de 1930, dia de San Andrés, na Rua Ronda, em Bilbo, reflecte-se num dos seus pensamentos mais repetidos. «Fui da ANV, sou e serei até morrer», insistia Uribe Beitia quando os tribunais ilegalizaram pela segunda vez em 78 anos o primeiro partido da esquerda abertzale. / Agustín GOIKOETXEA / VER: Gara

Imputados nos incidentes do txupinazo de 2010 responsabilizam a Câmara Municipal e pedem o arquivamento da causa
No dia 20 de Janeiro foi tornada pública a sentença que absolveu os três menores imputados nos incidentes do txupinazo de 2010, em Iruñea. Ontem de manhã, os onze jovens que continuam processados deram uma conferência de imprensa, na qual voltaram a responsabilizar a Câmara Municipal pelos incidentes que ocorreram na Udaletxe plaza.
Os jovens, acusados de desordem pública e atentado à autoridade, disseram que no dia 6 de Julho houve, de facto, uma alteração à ordem pública, mas que tal não se ficou a dever à exibição de uma ikurriña, mas sim à intervenção policial. «Os agentes não intervieram para evitar que fosse cometido um delito ou para salvaguardar a integridade física dos participantes no txupinazo, fizeram-no com a única intenção de censurar e reprimir a ikurriña».
Referiram-se ainda à carga como «brutal e absolutamente injustificada», na medida que os polícías «carregaram com grande violência sobre dezenas de pessoas, muitas das quais não tinham nada a ver com a ikurriña, tendo provocado uma situação de pânico entre a multidão». «E tudo isso para quê?», perguntaram. «Para impedir que crime?» «É crime exibir a ikurriña na Praça do Município durante o txupinazo?». / MAIS INFO: ateakireki.com

Carga policial nos Sanfermines de 2010