sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A esquerda abertzale vai evocar os quatro mortos do bar Aldana

Passam hoje 32 anos sobre o atentado à bomba contra o bar Aldana, em Alonsotegi (Bizkaia), que fez quatro mortos e dezenas de feridos. A acção foi reivindicada pelos Grupos Armados Españoles (GAE), embora tanto na altura como hoje se aponte o dedo aos aparelhos do Estado espanhol. A situação política em Euskal Herria era agitada, e por todo o território basco se sucediam os ataques de elementos de extrema-direita.
No dia 20 de Janeiro de 1980, apesar da hora a que se deu o atentado - era 1h00 da madrugada -, o estabelecimento estava cheio, sendo o ponto de encontro habitual de muitos habitantes da localidade e das redondezas, na sua maioria abertzales - e essa foi a razão da escolha do Aldana como alvo.
Passados 32 anos, a esquerda abertzale, que vai recordar sozinha as vítimas do atentado, considera que aqueles ataques procuravam «castigar o sentimento abertzale e atemorizar os sectores mais combativos». / Agustín GOIKOETXEA / Notícia completa: Gara / Mais info: SareAntifaxista

Morreu C. Casteigts, vítima dos GAL
Christian Casteigts faleceu no sábado passado, com 49 anos de idade. No dia 5 de Fevereiro de 1985, com 22 anos, ficou gravemente ferido na sequência de um atentado perpetrado pelos GAL, que colocaram uma bomba sob a sua viatura, na Rua Gosse, em Baiona. Perdeu uma perna e ficou paraplégico, tendo de enfrentar graves problemas de saúde para o resto da vida.
Foi o 17.º atentado atribuído aos Grupos Antiterroristas de Liberación e, dado que não era conhecida qualquer relação do visado com o movimento abertzale, nem qualquer outra militância declarada, pensou-se que poderia ter sido um engano. Tal como outros atentados, o que Casteigs sofreu nunca foi reivindicado.

O movimento anti-repressivo Askatasuna emitiu um comunicado de imprensa no qual, para além de se solidarizar com a família do falecido, salienta que «o processo de paz exige o esclarecimento de todas as acções violentas cometidas no contexto do conflito político, nomeadamente a participação das autoridades francesas (então sob governo socialista) nas acções daquele grupo paramilitar».
Com efeito, subsistem ainda muitas zonas obscuras no que diz respeito às acções desse grupo, que provocou cerca de trinta mortos no País Basco Norte entre 1983 e 1988. / Fonte: Lejpb e Gara