quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Representantes políticos, sociais e sindicais não aceitam mais detenções nem julgamentos por «razões políticas»

Representantes da esquerda abertzale, EA, Aralar, Alternatiba; dos sindicatos LAB e STEE-EILAS; e de associações como Etxerat, Gazte Independentistak ou Ikasle Abertzaleak, entre outras, deram ontem uma conferência de imprensa em Gasteiz para denunciar as detenções ocorridas nos últimos dias em Euskal Herria e no Estado francês, fazendo especial menção ao jovem Ekaitz Samaniego e a Jon Etxebarria, preso no Estado francês com Iñigo Sancho e Ruben Rivero.

Na conferência de imprensa, que teve lugar na sede do sindicato STEE-EILAS, também estiveram presentes Félix e Arantza, os pais de Etxebarria, natural de Gipuzkoa e habitante de Gasteiz, e a mãe de Ekaitz Samaniego, Domi Curiel.

Os partidos, sindicatos e agentes sociais presentes neste acto expressaram o seu apoio especialmente a Etxebarria e Samaniego, em virtude da sua ligação a Gasteiz, e criticaram a resposta dos estados espanhol e francês ao novo ciclo político aberto em Euskal Herria.

Uxue Castañares, em euskara, e Endika Rodríguez, em castelhano, leram um comunicado no qual se afirma que estas detenções «são anacrónicas» e se critica o facto de os governos de Madrid e Paris responderem com «mais repressão» depois da histórica declaração da ETA, em que anunciou o fim definitivo da sua actividade armada.

Desafiam ambos os executivos a abordar com a ETA as «consequências do conflito», lamentando que tanto a Moncloa como o Eliseu «tenham optado pela estratégia do imobilismo», e afirmam que não aceitam que, em Euskal Herria ou fora dela, haja mais detenções, novas sentenças ou mais julgamentos por «razões políticas».

Os colectivos ali presentes disseram também que vão manter os compromissos assumidos com vista a alcançar uma paz definitiva e que vão trabalhar conjuntamente com a sociedade nesse sentido, independentemente das conjunturas.

Para hoje foi convocada uma concentração em Gasteiz, na Andre Mari Zuriaren plaza, que tem como lema «Konponbidearen alde, atxiloketa gehiagorik ez!». [Pela solução, mais detenções não!] / Fonte: Gara e Berria

O Município de Errenteria manifestou «preocupação e desagrado» com a sentença
A equipa de Governo do Município de Errenteria (Gipuzkoa) manifestou «preocupação e desagrado» com a condenação de seis jovens de Oarsoaldea a penas de prisão, considerando que «está a ser atacado o direito de reunião e de participação política». Para além disso, manifestaram a sua solidariedade a Xabier Lujanbio, Maitane Linazasoro, Iosu Arruabarrena, Aitor Alberdi, Aitor Franco e Arkaitz Antza, os jovens condenados pela Audiência Nacional de Madrid a penas que rondam os seis anos de prisão, acusados de militarem na Segi.
Para a CM de Errenteria, «esta sentença não contribui para a normalização política de que este povo necessita».

Os Gazte Abertzaleak denunciaram de forma veemente esta decisão judicial e o movimento Eleak fê-lo ontem, em Errenteria, no decorrer de uma conferência de imprensa [na foto] em que afirmou que o único delito dos jovens de Oarsoaldea agora condenados «foi trabalhar pelos direitos da juventude e no movimento juvenil». «É necessário um muro em defesa de todos os direitos», disseram. Anunciaram ainda mobilizações para os próximos dias em Errenteria: incluindo uma concentração na rotunda de Lartzabal, sábado, às 20h00, e uma manifestação no dia seguinte, às 12h00. / Fonte: Gara e Berria

Comunicado dos jovens independentistas: «Euskal gazteriaren aurka emandako azken erasoak salatu dituzte gazte independentistek» (gazteiraultza.info)

Ver também: «Ehunka lagunek azken atxilotuen askatasuna exijitu dute Errekalden» (Bilbo Branka)
[Em Errekalde, centenas de pessoas exigiram a libertação dos últimos detidos]
Cerca de 200 pessoas participaram na manifestação para exigir a liberdade do conterrâneo Iñigo Sancho e dos outros dois detidos no Estado francês, Ruben Rivero e Jon Etxeberria, que foram levados para Paris e devem ser presentes a um juiz proximamente. A manifestação, que percorreu as ruas do bairro bilbaíno, tinha como lema «Errepresioa ez da bidea, Moñi eta besteak askatu!» e nela foram ditas palavras de ordem a favor da amnistia e dos detidos. Mais info: Bilbo Branka