quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A Egin Dezagun Bidea pede que a política prisional «não volte a ser utilizada para violar os direitos fundamentais»

A iniciativa Egin Dezagun Bidea fez um apelo aos cidadãos bascos para que participem nas mobilizações que se vão realizar nas capitais, localidades e bairros do país nesta sexta-feira, última do mês, para exigir o «fim das situações extremas que as presas e os presos políticos bascos vivem».
Em conferência de imprensa, representantes desta iniciativa salientaram que, na sequência do passo dado a 7 de Janeiro, em Bilbo, «será necessário, também nos próximos meses, reunir o maior número possível de cidadãos e cidadãs em torno da defesa dos direitos dos presos e das presas».
«É evidente que o Governo espanhol prossegue obstinado, pelo que será necessário reforçar o trabalho em prol dos direitos dos prisioneiros, para ir abrindo brechas nessa grande parede», insistiram.
Referiram-se ainda à situação de Txus Martin, que «continua a ser grave», e à de Iñaki Erro, que foi internado há uma semana com um problema no coração. «Iñaki, da mesma forma que outros 70 presos políticos bascos, viu ser-lhe aplicada a doutrina 197/2006», denunciaram.
A Egin Dezagun Bidea reclama a Rodolfo Ares e Jorge Fernández Díaz, titulares das pastas do Interior de Lakua e Madrid, respectivamente, que ajam com «responsabilidade» e que não voltem a utilizar a política prisional «para violar os direitos fundamentais» dos presos políticos bascos. / Notícia completa: Gara

Ver também: «A Assembleia Nacional francesa, a favor da aproximação dos presos» (ateakireki.com)
A Assembleia Nacional francesa adoptou nesta terça-feira à noite uma proposta de lei a favor da transferência dos presos bascos para cadeias próximas dos familiares.

«Le député Jean Grenet soutient une loi pour le rapprochement», de Giuliano CAVATERRA (Lejpb)

«O ministro da Justiça espanhol, Gallardón, defende a denominada "doutrina Parot" e espera que o TC "a confirme"» (Gara)

A Polícia francesa deteve Ernesto Prat em Urruña
Prat foi detido pela Polícia francesa ontem às 9h30 da manhã, em sua casa, na localidade de Urruña (Lapurdi). O conhecido militante da esquerda independentista basca, natural de Berriozar (Nafarroa), foi viver para Iparralde após a operação que a Guarda Civil levou a cabo em Setembro de 2008 contra vários militantes da esquerda abertzale em Nafarroa.
As pessoas detidas naquela operação encontram-se actualmente em liberdade e a aguardar pela sentença, depois de terem sido recentemente julgadas. No decorrer da audiência oral, a maioria dos militantes independentistas afirmou ter sido torturada durante o período de incomunicação. / Fonte: ateakireki.com

Entretanto, de acordo com o Gara, Prat, de 33 anos, foi presente a um juiz do Tribunal de Pau, que lhe deu ordem de prisão; foi encarcerado na cadeia de Seysses, nos arredores de Toulouse.
De acordo com a informação divulgada pela kazeta.info, referindo-se à AFP, a detenção foi efectuada com base num mandado de detenção internacional emitido pelo juiz Grande-Marlaska. O comité local de apoio aos presos UrrunHurbil convocou uma concentração de protesto para a rotunda de Urruña, na qual participaram 53 pessoas. Já em Elizondo (Baztan, Nafarroa), onde Ernesto foi candidato pelas listas da EAE-ANV houve uma assembleia informativa.

A ateakireki.com fez ainda saber que, em Berriozar, a Câmara Municipal aprovou uma moção - com os votos favoráveis do NaBai e do Bildu, os votos contra de UPN, PSN e PP e a abstenção da I-E -, na qual se pede aos meios de comunicação e aos partidos políticos que não atentem contra a presunção de inocência de Prat, destacando o facto de a justiça ainda não ter decidido nada contra ele. Manifestam ainda solidariedade aos familiares e pedem aos estados espanhol e francês que, no actual contexto político, ponham fim à via repressiva.

Ongi etorri a Paula García
Saída da prisão, viagem até Basauri e recepção na localidade biscainha

A ex-presa política basca Paula García passou vinte anos na prisão, tendo saído em liberdade no dia 15 de Janeiro, tal como informou na altura o colectivo Egin Dezagun Bidea. As mesmas fontes indicaram que Paula cumpriu pena nas prisões de Carabanchel, Nanclares de la Oca, Castellón, Dueñas, Mansilla e Soto del Real. Passou o último ano na cadeia de Cáceres.