quinta-feira, 9 de maio de 2013

A Ahaztuak vai recordar a figura de José Luis Cano no 36.º aniversário da sua morte

A Ahaztuak 1936-1977 convocou uma concentração para amanhã, às 19h00, na esquina entre a Rua Calderería e a Bajada de Javier, local onde José Luis Cano caiu morto, a 13 de Maio de 1977, depois de ser atingido a tiro na cabeça, quando participava numa de muitas mobilizações que se realizaram em Euskal Herria no âmbito da Semana pró-Amnistia.

Há algum tempo, os votos contra da UPN e a abstenção do PSN impediram que a Câmara Municipal de Iruñea aprovasse a moção apresentada pela Ahaztuak na qual se pedia que a placa em memória de José Luis Cano voltasse a ser colocada na Rua Calderería. A placa, que ali foi colocada graças à iniciativa popular, foi dali retirada uma e outra vez tanto pela Polícia Municipal como pela espanhola.

Cano tinha 28 anos quando foi morto a tiro por um dos «cinzentos» que naquele dia de 1977 carregavam sobre os manifestantes que reclamavam a amnistia. De acordo com testemunhas presenciais e o seu próprio irmão, antes de «acabarem com ele a tiro», os polícias arrearam-lhe a valer. / Mais informação: ateakireki.com

A Ahaztuak 1936-1977 pediu ao município de Zarautz que dedique uma praça e um monumento a Txiki e Otaegi
A associação de vítimas do golpe de estado e do regime franquista Ahaztuak 1936-1977 apresentou na semana passada uma proposta e petição à Câmara Municipal de Zarautz no sentido de que se dedique uma praça da localidade à memória de Jon Paredes, Txiki, e de Angel Otaegi, dois dos últimos fuzilados pelo regime franquista, a 27 de Setembro de 1975, sendo o primeiro deles habitante de Zarautz. A associação também pretende fazer uma proposta deste género ao Município de Azpeitia, de onde era natural Angel Otaegi.

A Ahaztuak 1936-1977 enquadra esta iniciativa na sua dinâmica «Biktima guztiak, borrokalari guztiak – Todos los luchadores, todas las víctimas», em torno da qual tem vindo a desenvolver, em diversas localidades bascas, acções memorialistas, considerando «que acabar com o modelo de impunidade dos crimes do franquismo vigente no Estado espanhol há mais de setenta anos implica, de forma clara e abrangendo outras questões, defender a Memória de todas e cada uma das vítimas desse regime fascista e também de todas e cada uma das pessoas que lutaram contra ele, bem como defender o direito de todas essas pessoas à Verdade, à Reparação e à Justiça».

Com base nesta reflexão, a Ahaztuak 1936-1977 tem reivindicado, nos seus próprios termos, «o carácter de Txiki e Otaegi e dos outros três fuzilados no dia 27 de Setembro de 1975 como vítimas de pleno direito do regime franquista mas também como lutadores antifascistas contra esse regime, merecedores, como tal, do reconhecimento por parte da Memória Histórica Democrática e Antifascista e de toda a sociedade basca». / Ver: boltxe.info