segunda-feira, 13 de maio de 2013

Urtza Alkorta convidou a conselheira da Segurança a ir a Ondarroa, para conversar

Quarto dia de muro popular em Ondarroa para apoiar Urtza Alkorta. A noite foi tensa, com a Ertzaintza a aparecer por três vezes: à meia-noite, às 2h00 e às 4h00 da manhã. A resposta de quem se encontrava no local para proteger Urtza Alkorta foi rápida, bem como a daqueles que estavam a dormir em casa e correram para a Alameda.

Hoje de manhã, um grupo de pessoas reuniu-se na Alameda da localidade costeira biscainha, onde decorreu uma assembleia para preparar o programa do dia e organizar os turnos. Às 11h00, houve uma concentração com o lema «Kartzelak husteko garaia da, herri harresia eraiki» [é tempo de esvaziar as prisões, construir o muro popular].

Ao meio-dia, Alkorta deu a conhecer, em conferência de imprensa, o conteúdo de uma carta enviada à conselheira da Segurança do Governo de Lakua, Estefanía Beltrán de Heredia.

Urtza fez um convite «sincero» a Beltrán de Heredia para que fosse até Ondarroa falar da situação. Perguntou-lhe «quando» seria o «momento oportuno» para a prender - há alguns dias a conselheira afirmou que a detenção teria lugar quando a Ertzaintza achasse que o «momento era oportuno operacionalmente» -, e acrescentou que não há momentos oportunos para efectuar «detenções políticas».

Chamou ainda a atenção para o facto de, há não muito tempo, ter sido detida e torturada pela Ertzaintza, e perguntou: «Que papel há-de desempenhar a Ertzaintza neste novo ciclo político?». «O PNV terá de decidir: continuar ao lado de Espanha ou optar por Euskal Herria de uma vez», acrescentou.

Programa e sessão de Câmara
A situação de Alkorta será debatida hoje, às 20h00, numa sessão de câmara em Ondarroa. Também foi apresentado o programa para a tarde, que inclui um contador de histórias para crianças; os bertsolaris Igor Elortza e Arkaitz Estiballes; e concertos com os Sen e os Su Ta Gar. / Ver: Berria / Ver também: naiz.info / Carta de Urtza Alkorta (eus)

Mais e mais gente, e o Urquijo falou
Cada vez mais gente (de Ezkerraldea, Bilbo, Uribe Kosta, por exemplo) anuncia a sua ida para Ondarroa, para fortalecer o muro popular. Tivemos conhecimento, via Twitter do jornalista Ion Telleria (mais tarde via naiz.info), de que o vice-rei na colónia pôs as tropas de ocupação - Guarda Civil e Polícia Nacional espanhola - ao serviço do Governo de Lakua, pois «possuem toda a experiência necessária» [sim, é do conhecimento público que tais forças têm um vasto currículo]. Descontente, o pepero vice-rei na colónia volta a lançar ameaças contra o Bildu.

De madrugada: com um olho fechado e outro aberto
O jornalista Ion Telleria diz que esta noite há muito mais gente em Ondarroa. Furgões e carros-patrulha já andaram a rondar a praça. Existe uma calma tensa; enquanto uns dormem, outros estão de guarda. «Dorme-se com um olho aberto e outro fechado».
O jornalista Lander Arbelaitz refere que, de acordo com a organização, nos últimos quatro dias mais de 200 pessoas têm estado à coca nas estradas, para ver quem lá vem. Às 2h30 da madrugada, tudo aparentava calma. [vídeo]. No entanto, acabou por ser uma madrugada de visitas frequentes: depois de ter aparecido às 2h00, a Ertzaintza regressou às 5h00, às 7h00 e às 9h00. Urtza Alkorta pediu às pessoas mais velhas que não integrem o muro popular, mas estas insistem em não se afastar. / Como sempre, muita informação, fotos, vídeos: Turrune!