sábado, 11 de maio de 2013

O Acordo de Gernika pede a Madrid e Paris que dêem «passos definitivos» na via da resolução

Os signatários do Acordo de Gernika concentraram-se hoje ao meio-dia em várias localidades bascas em protesto contra as acções levadas a cabo pelos estados nos últimos, como as detenções, «que não ajudam a cimentar o cenário de paz que, segundo cremos, é o que a sociedade basca no seu todo exige». [Na foto: concentração em Donostia.]

Na mobilização que se realizou em Iruñea participaram, entre outros, os deputados do Bildu e do Aralar-NaBai, Bakartxo Ruiz e Asun Fernández de Garaialde, respectivamente, bem como o secretário-geral do ELA, Adolfo Muñoz, Txiki. Em representação dos convocantes da mobilização, Bakartxo Ruiz disse aos jornalistas que, com esta proposta, os signatários do Acordo de Gernika querem «voltar a reafirmar o compromisso da sociedade basca com uma resolução definitiva do conflito».

Ruiz pediu ainda aos estados espanhol e francês que «dêem passos definitivos e mostrem vontade política», algo que «neste momento a sociedade basca não vê».

Bakartxo Ruiz disse que vão continuar realizar iniciativas em defesa da resolução do conflito, como a que terá lugar dia 18 de Maio «em todas as praças de Euskal Herria» para reclamar alterações na política penitenciária e o respeito pelos direitos dos presos. / Ver: naiz.info e Berria

O EH Bildu denuncia graves chantagens exercidas sobre a presa política Olga Sanz
Quando questionava o lehendakari sobre a sua proposta de política penitenciária, Julen Arzuaga deu a conhecer ao Parlamento de Gasteiz as chantagens exercidas sobre uma presa de Sopela (Bizkaia) que está prestes a dar à luz e a quem foi dito que, se não se assinasse um documento a afastar-se do Colectivo de Presos, seria separada do bebé.

Arzuaga disse que «os presos bascos Olga Sanz e Xabier Moreno são um casal, sempre estiveram na mesma prisão: Alcalá, Soto, Zuera, Picassent e, por último, em Villabona, nas Astúrias. Olga está quase a ser mãe. O juiz de Vigilância Penitenciária informou-a que iria dar à luz no Hospital de Oviedo e que depois seria transferida para um outro centro, pois em Villabona não existe um módulo para mães. Também lhe disse que estaria com o seu filho e com o seu companheiro, Xabier».
No entanto, o deputado fez saber que Olga foi ameaçada por funcionários das prisões, que lhe disseram que iriam reter o bebé em Villabona e que ela seria transferida para outra prisão. Foi alvo de chantagens: seria separada do seu filho e do seu companheiro, a não ser que assinasse um documento a distanciar-se do Colectivo de Presos Políticos Bascos». / Ver: arabakoHerrira / Mais informação: algortaHerrira [Na foto, mobilização pelos presos em Sopela, Uribe Kosta, Bizkaia.]