Decorreu na segunda-feira, na Audiência Provincial de Iruñea, o julgamento de três pessoas acusadas de realizar pintadas anti-TGV no bairro de Arrotxapea no dia 27 de Março, nas vésperas da greve geral de 29 Março. Nessas pintadas denunciava-se «o esbanjamento de dinheiro na construção do TGV», segundo indica a AHT Gelditu, «numa época de grandes cortes sociais».
Algumas delas foram realizadas nos escaparates de entidades bancárias, acusando-as de usurárias e de lucrarem com a construção daquela grande infra-estrutura. Um dos bancos - Caixa Bank - reclama 72 € de indemnização pelo trabalho de limpeza. Estas três pessoas foram detidas pela Polícia Municipal de Antsoain, que os entregaram à Polícia Municipal de Iruñea.
No julgamento, os polícias municipais reconheceram não ter visto os arguidos a pintar as inscrições, e que se encontravam ao lado de uma delas. Nenhum dos afectados se apresentou em tribunal e, por isso, a defesa argumentou que não existe qualquer queixa contra os arguidos e que não ficou provado que estes fossem os autores das pintadas.
As três pessoas não reconheceram legitimidade ao juiz para julgar este caso e recusaram-se a responder às questões colocadas. Por tal, o juiz, considerando-se desrespeitado, chegou a ameaçar um dos arguidos, dizendo-lhe «que se ativesse às consequências» caso não pedisse desculpa. Sem lhes conceder o direito à última palavra, o juiz abandonou a sala.
Durante o julgamento, cerca de vinte pessoas participaram numa concentração solidária com os processados, que agora aguardam pela sentença. / Fonte: ateakireki.com
Ver também: «Os participantes no jejum contra o TGV entregaram uma carta ao novo Governo basco» (boltxe.info)
Os participantes no jejum contra o TGV deixaram, na terça-feira, uma carta na Delegação do Governo da CAB em Donostia dirigida ao novo Governo basco, na qual exigem a paralisação das obras do TGV.