Santi Brouard e Josu Muguruza, membros do Herri Batasuna, foram assassinados há 28 e 23 anos, respectivamente. Joseba Permach realçou o facto de o aniversário este ano coincidir com dois acontecimentos importantes - a sessão de abertura do Parlamento de Gasteiz e a reunião de Aiete, convocada por Jonathan Powell. Para as 19h30 estava programado um acto da fundação Egiari Zor no frontão da Esperança, com o lema «Egia bide, askatasuna amets».
Como acontece todos os anos a 20 de Novembro, a esquerda abertzale homenageou Santi Brouard e Josu Muguruza - vítimas do terrorismo de Estado - em Ametzola, junto à escultura erigida em homenagem a Brouard, e em Errekalde, junto ao monólito evocativo de Muguruza.
Em ambos os actos estiveram presentes diversas caras conhecidas da esquerda abertzale, como Joseba Permach, Tasio Erkizia, Periko Solabarria, Niko Moreno, o deputado-geral de Gipuzkoa, Martin Garitano, ou o porta-voz da Amaiur, Xabier Mikel Errekondo.
Também estiveram presentes diversos responsáveis do Gabinete de Atenção às Vítimas do Governo de Lakua.
No acto de homenagem a Brouard, em Ametzola, Permach fez questão de realçar o contributo dos dois militantes históricos e reiterou o compromisso da esquerda abertzale em seguir pelo caminho da solução do conflito «até ao fim».
Santi Brouard foi morto pelos GAL no seu consultório, em Bilbo, em 1984. Muguruza, por seu lado, foi morto em Madrid em 1989, na véspera da sessão de abertura do Congresso espanhol, onde ia tomar posse como deputado do Herri Batasuna.
Homenagem a Santi Brouard e a Josu Muguruza
Cerimónia de homenagem a Santi e a Josu no frontão Esperantza
Da fundação Egiari Zor (em euskara e castelhano). Fonte: BilboBranka
Ver também: «Txiki e Otaegi, reconhecidos como vítimas de violência estatal» (Ver: Gara e SareAntifaxista)
A AVT pediu que se tomem medidas contra o reconhecimento de Txiki e Otaegi como vítimas
Reunião em Donostia:
«Os agentes políticos, sindicais e sociais bascos comunicam a Powell os avanços e os déficits de Aiete» (naiz.info)
Jonathan Powell reuniu-se durante hora e meia à porta fechada com representantes das organizações políticas, sociais e sindicais que participaram na Conferência de Aiete. No final do encontro, efectuou breves declarações à comunicação social para explicar que veio a Euskal Herria «ouvir» os participantes no encontro de há um ano, que lhe comunicaram «o que se fez» mas também «o que não se fez» desde então. Enquanto enviado do grupo de signatários, disse que fará chegar aos seus companheiros as impressões que ouviu.