Três militantes do LAB acorrentaram-se à entrada das obras das novas cozinhas da Zona Hospitalar de Iruñea, paralisando-as durante uma hora, enquanto várias dezenas de trabalhadores e trabalhadoras apoiavam a acção. Como é do conhecimento público, as cozinhas foram privatizadas e entregues a uma empresa de catering ligada ao Banco Santander, apesar da oposição dos sindicatos e da maioria da sociedade. A privatização das cozinhas é mais um passo no desmantelamento da Saúde pública em favor da privada e, especialmente, em favor da Opus Dei.
O protesto levado a cabo pelo LAB fundamenta-se no seguinte: depois de se ter privatizado as Limpezas e as Cozinhas Hospitalares, agora pretende-se privatizar parte da actividade dos Laboratórios; os acordos firmados com a Clínica da Opus Dei, San Miguel, San Juan de Dios e demais cresceram 200% nos últimos 10 anos; com 37 milhões de euros do dinheiro público financiou-se a construção da CIMA, instituição que é propriedade da Opus Dei a 100%; pretende-se desmantelar o centro de formação profissional de Donapea «para o entregar à Opus Dei»; foram destruídos mais de 1000 postos de trabalho no Osasunbidea [sistema de saúde] nos últimos anos.
Plano Moderna
«Todas estas acções respondem à lógica do Plano Moderna, que pretende desviar recursos públicos para a promoção de negócios privados em áreas como a Saúde. Chegou o momento de acabar com o regime da UPN, do Patronato e da Opus Dei. A política de cortes e de privatizações responde apenas aos seus interesses económicos. Tirem as mãos da saúde, da educação, dos serviços públicos», afirma o sindicato abertzale.