segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mattin Troitiño: «Nunca perdemos a esperança e também não a perderemos agora»

Mattin TROITIÑO, porta-voz da Etxerat, entrevistado por Ramón SOLA
No próximo domingo, a Etxerat realiza uma assembleia extraordinária para fazer uma avaliação dos últimos seis meses. Mattin Troitiño adianta que se trata de um encontro «importante» para os familiares, na sequência de um período em que sofreram golpes tão fortes como o aval à «doutrina Parot», mas também vêem algum raio de luz, como o pedido de informação da Defensora sobre os presos doentes. / VER: Gara

Jovens de Mendillorri acusados de pintadas alusivas a Anza afirmam que denunciaram «o desaparecimento de um cidadão»
A audiência oral de Gaizka Pérez e Gorka Milagro decorreu hoje no tribunal de excepção espanhol, onde ambos os arguidos defenderam que se tratou de uma acção «totalmente espontânea» de denúncia e de apoio à família de um «cidadão basco desaparecido».

Em resposta às questões da sua advogada, ambos negaram que tivessem louvado a figura de Anza pelo facto de pertencer à ETA e afirmaram que, com as frases que escreveram, apenas pretendiam que o seu desaparecimento fosse investigado.
A advogada de defesa, que pediu a absolvição dos arguidos, perguntou onde se encontra a linha divisória entre a liberdade de expressão e aquilo que constitui um crime de «enaltecimento do terrorismo». A advogada pediu ainda ao tribunal que contextualize as pintadas nas circunstâncias concretas em que foram feitas.

A magistrada da acusação, Ana Noé, estabeleceu como definitivo o seu pedido de pena de um ano de prisão e nove dias de trabalho em benefício da comunidade, considerando-os autores de um crime de «enaltecimento do terrorismo» e de outro «contra o património».
Reclamou ainda que os dois arguidos paguem os 682,50 euros da limpeza daquelas pintadas no palácio de Mendillorri.

De acordo com a acusação, os factos de que os jovens são acusados ocorreram por volta da meia-noite de 16 de Março de 2010, cinco dias depois do aparecimento do cadáver de Anza numa morgue de Tolouse.
São ambos acusados de terem escrito, alegadamente, diversas frases em memória do militante da ETA, como «Agur eta ohore Jon, eusko gudaria», «Jon, gudari, gogoan zaitugu», «Maite zaitugu, Jon» ou «Herriak ez du barkatuko, egindakoa ordainduko duzue». [1. E? 2. Verdadeiros louvores e enaltecimentos ouvimos nós de figurões quando o «Fraga-morreu-na-cama»; foram indiciadas e julgadas tais figuras? Aurpegi!]

Ambos os arguidos receberam anteontem a solidariedade dos seus vizinhos de Mendillorri, que se manifestaram pelas ruas do bairro iruindarra pedindo a sua absolvição. / Fonte: naiz.info / Ver: Gara

Ver: «A juíza do "caso Jon Anza" reconhece anomalias mas esquiva-se a investigá-las», de Arantxa MANTEROLA (naiz.info)