sexta-feira, 22 de junho de 2012

Terminou o VIII Congresso Nacional do LAB, que definiu novas linhas de acção para os próximos anos

Ainhoa Etxaide, reeleita secretária-geral do LAB, encerrou hoje o VIII Congresso Nacional do sindicato, que se realizou em Barañain (Nafarroa); um encontro que serviu para definir as linhas de acção da central sindical para os próximos cinco anos e para se adaptar à nova realidade de Euskal Herria, marcada pela crise económica e pelo novo tempo político.

«Para nós é claro qual é o nosso norte, vamos construir o estado socialista basco», sentenciou Etxaide no discurso de encerramento. Etxaide recordou que o grupo que a acompanhou na direcção do LAB começou o seu trajecto há quatro anos em Ezkerraldea (Bizkaia), «na outra ponta do nosso pequeno país». «No coração de Nafarroa, na capital de Euskal Herria vocês decidiram apoiar-nos para que prossigamos com o trabalho de direcção», afirmou.

«Repetimos em múltiplas ocasiões que estamos orgulhosos de ser um sindicato nacional. Isso permite-nos enriquecer o LAB com a pluralidade que Euskal Herria tem», acrescentou Etxaide, antes de referir que isso também traz vantagens para fazer frente aos desafios do momento. Para além da secretária-geral do LAB - reeleita quase por unanimidade -, ao longo do dia intervieram, entre outros, representantes do ELA, da esquerda abertzale e de sindicatos internacionais.

A carta de Rafa Díez
Ontem, o momento mais emotivo do encontro foi a leitura de uma carta do ex-secretário-geral do sindicato, Rafa Díez, escrita na prisão de El Dueso. Díez defendeu o trabalho realizado com Arnaldo Otegi e os outros processados no caso Bateragune, porque serviu para «projectar o capital político da esquerda abertzale para um cenário que nós tínhamos de abrir, definir e desenhar sem esperar estar subordinados às posições dos Estados». A missiva foi lida por Txutxi Ariznabarreta.

O colectivo de presos também ocupou um lugar destacado na primeira jornada do Congresso. No estrado leu-se uma outra carta, em que o EPPK pediu aos trabalhadores e aos membros do colectivo que se empenhem com força na luta e que continuem firmes. Também pediu aos trabalhadores bascos que apoiem as decisões que os interlocutores do colectivo vierem a tomar, pois os presos são uma consequência do conflito e têm um papel no processo que se iniciou em Euskal Herria. / Notícia completa: naiz.info