sábado, 3 de novembro de 2012

Os refugiados políticos pedem «o envolvimento de todos» para que «o bloqueio não se instale»

Uma ampla e variada representação do Colectivo de Refugiados Políticos Bascos compareceu em Azkaine (Lapurdi) para pedir aos cidadãos que se «envolvam no trabalho para evitar que o bloqueio se instale e para fazer com que as condições criadas se libertem».

Depois de considerar que «ter trazido o processo de libertação até aqui é uma vitória política muito importante», afirma que «não aceitará qualquer bloqueio». Para os refugiados, «mudar a situação dos perseguidos políticos não só responderia à injustiça que um grupo de pessoas sofre, como iria favorecer o desenvolvimento global do processo democrático». É por isso que, para o Colectivo, «as forças contrárias à paz guardam com zelo a chave das celas, porque têm medo de uma solução justa e democrática».

Ainda assim, o Colectivo afirma: «isso não significa que, enquanto a resolução integral não se verifica, não realizemos iniciativas»; e, depois de salientar que «o protagonismo popular deve ser determinante», declara que os refugiados estão «dispostos a dar passos mais audazes, com base em acordos ou de forma unilateral».

Para os refugiados, existem dois desafios: por um lado, «avançar no processo político que conduzirá ao reconhecimento nacional»; por outro, «superar definitivamente as consequências mais duras do conflito». Afirmam ter «vontade de contribuir para alcançar esse dois objectivos», com «a firme intenção de fazer desaparecer para sempre o exílio».

Valls e a manifestação de 10 de Novembro
O Colectivo criticou os estados espanhol e francês por «manterem a sua máquina de punição e vingança, como o demonstra a situação das prisões ou as detenções», e deram como exemplo a atitude e as declarações do ministro do Interior francês, Manuel Valls.

Para o Colectivo, Valls «posicionou-se nos antípodas da Declaração de Aiete», ao defender a dispersão e louvar a via policial. Também entende que Valls «desprezou reivindicações que reúnem grande apoio no seu seio da sociedade basca», em alusão à Colectividade Territorial, e que essa atitude de «extremo desprezo» «atingiu a sua máxima expressão na detenção e entrega de Aurore Martin».

O Colectivo afirma que «tanto Valls como todos aqueles que lidam com uma agenda contrária à solução terão uma resposta» e expressa o seu apoio à manifestação do próximo dia 10 de Novembro, que terá lugar em Baiona com o lema «Hurbildu bakera». / Fonte: naiz.info

VER: O Colectivo de Refugiados ao Povo Basco (eus / cas / fra)

Ver também: «"Blokeoa ez egonkortzeko" urratsak egiteko prest azaldu da Euskal Iheslari Politikoen Kolektiboa» (Berria)

«Gatazkaren ondorioak gainditze aldera "urrats are ausartagoak egiteko" prest dira euskal iheslariak» (kazeta.info)