De acordo com uma nota emitida pela associação Etxerat, são já 515 as presas e os presos políticos bascos que se encontram em luta, em 60 prisões dos estados francês e espanhol, para denunciar a situação em que se encontra o preso Iosu Uribetxebarria, gravemente doente, com um cancro terminal, e para pedir a sua libertação.
A grande maioria dos presos está a fazer greve de fome por tempo indefinido. Outro tipo de protestos são: fechamentos nas celas, recusa da comida da prisão, concentrações, envio de cartas ao Ministério do Interior e às Instituciones Penitenciarias ou jejuns rotativos, entre outros. / Ver lista de prisões em etxerat.info
A grande maioria dos presos está a fazer greve de fome por tempo indefinido. Outro tipo de protestos são: fechamentos nas celas, recusa da comida da prisão, concentrações, envio de cartas ao Ministério do Interior e às Instituciones Penitenciarias ou jejuns rotativos, entre outros. / Ver lista de prisões em etxerat.info
Um detido e dezenas de identificações na mobilização do Herrira em Iruñea
Cerca de 100 pessoas concentraram-se hoje frente à Delegação do Governo espanhol em Iruñea para pedir a libertação imediata de Josu Uribetxeberria (que continua estável, de acordo com o último relatório médico), Iñaki Erro e os outros 12 presos com doenças graves.
No início da mobilização, o comandante da Polícia aproximou-se das pessoas que se tinham juntado na rotunda de Merindades, dizendo-lhes que não podiam permanecer ali, mas que não havia problema se fossem para o passeio da Carlos III. As pessoas respeitaram as indicações do agente e o protesto dividiu-se em dois.
Mais tarde, agentes da Polícia Nacional rodearam os manifestantes e identificaram dezenas de pessoas, ameaçando multá-las por «concentração ilegal», e acabando por deter uma pessoa que se recusou a identificar-se [entretanto libertada]. Também roubaram as duas faixas da concentração.
Depois destas ocorrências, os manifestantes realizaram uma assembleia, tendo decidido manter as concentrações diárias frente à Delegação (ao meio-dia), «porque a situação dos presos doentes é extrema e não podemos permitir estas tentativas de censura por parte da Delegação do Governo».
Para o Herrira, o que se passou hoje é uma tentativa de parar a onda social pela liberdade de Josu Uribetxeberria, e o que é ilegal não é esta concentração, «mas sim a situação de um preso doente com um cancro terminal que o Governo retém por pura vingança» [Herriraren ustez, ilegala dena ez da larri gaixo eta hilzorian dagoen hiritar baten askatasuna eskatzea, benetan ilegala dena horrelako osasun egoera batetan preso dagoen hiritar bat espetxean mantentzea da].
Concentração em Bilbo
No âmbito das convocatórias do movimento Herrira para as capitais do País Basco Sul, cerca de 150 pessoas juntaram-se hoje ao meio-dia frente à Delegação do Governo espanhol em Bilbo, para exigir a libertação de Uribetxeberria e denunciar a situação em que se encontra. (Ver BilboBranka e herrira.org)
Notas de imprensa, declarações, reportagens:
«La Izquierda Abertzale exije al gobierno del PP que termine el juego macabro que está llevando a cabo con los presos y presas políticas vascas y con sus familiares», de Ezker Abertzalea (ezkerabertzalea.info)
El enrocado comportamiento del PP no trae más que la inútil prolongación del sufrimiento de cientos de personas presas y familiares. Es hora de que se dén cuenta de que están utilizando la vulneración de derechos humanos como único argumento político, y ello, además de ser denunciable, es señal de un comportamiento político desesperado y a la deriva ante la nueva realidad sociopolítica abierta en Euskal Herria.
«Declaración de EHL de Argentina ante la huelga de hambre en reclamo por la libertad inmediata para Iosu Uribetxebarria», de EHL-Argentina (askapena.org)
Desde Argentina, denunciamos una vez más la política de chantaje y agresión que sufren los presos y presas políticas de Euskal Herria, así como sus familiares
«Tres casos que resumen la crueldad carcelaria», de Ramón SOLA (Gara)
Iosu Uribetxeberria hospitalizado en estado terminal, en huelga de hambre y hostigado; Mikel Egibar, sin poder abrazar a su mujer y sus dos hijos heridos graves en dos hospitales; Iñaki Erro, también enfermo, con la «doctrina Parot» a cuestas y alejado el viernes hacia Almería sin esperar ni a que su madre falleciera. Tres casos en una semana, tres vértices del triángulo de una crueldad extrema y gratuita.