De acordo com a Etxerat, a companheira e os dois filhos do preso político basco Mikel Egibar sofreram um grave acidente de viação quando regressavam de uma visita.
O acidente ocorreu hoje ao meio-dia perto de Saragoça (Aragão, Espanha) - o preso de Zizurkil (Gipuzkoa) cumpre pena em Zuera. A viatura em que viajavam os seus familiares embateu contra um camião e foi necessária a intervenção dos bombeiros para retirar os ocupantes.
Tanto a companheira de Egibar como os seus filhos se encontram hospitalizados. De acordo com a informação avançada pela associação de familiares e amigos dos presos, a companheira de Egibar e o filho, de catorze anos, que foram mais gravemente afectados pelo acidente, encontram-se em estado grave, mas estável, no Hospital Clínico de Saragoça. A filha, de doze, também estável, está internada no Hospital Miguel Servet.
A Etxerat lembrou que este foi o nono acidente provocado pela política de dispersão só este ano, «uma política que denunciou uma e outra vez».
Nessa linha, a Etxerat, que amanhã dará uma conferência de imprensa em Bilbo para denunciar este trágico acontecimento e «exigir responsabilidades», sublinhou que «isto não pode continuar assim, os familiares põem as suas vidas em risco constantemente, e neste caso fica bem em evidência que a política de dispersão não estabelece distinções», pois «as crianças também são castigadas». / Fonte: naiz.info / Ver: etxerat.info
À entrada do hospital, foram dispostas catorze cadeiras vazias, tantas quantas os presos políticos bascos que têm doenças graves e incuráveis. Em cada cadeira, foi colocado um painel informativo sobre a situação de cada preso.
Às 11h00 teve lugar a primeira concentração do dia, e Jon Garai, o porta-voz do Herrira, fez uma declaração aos órgãos de comunicação, na qual enfatizou a necessidade de encontrar uma saída para a situação de Uribetxeberria, lembrando que manter um preso no cárcere constitui uma violação dos direitos humanos.
Disse que a bola está no telhado do Governo espanhol, a quem pediu para agir com responsabilidade, «abandonando a política de vingança e respeitando os direitos humanos».
A Ertzaintza também se fez notar na mobilização, removendo os painéis informativos sobre os presos doentes, por «indícios de crime».
A mobilização prossegue até às 24h00, estando programadas, entre outras iniciativas, uma nova concentração e uma assembleia. / Notícia completa: naiz.info