A iniciativa Ezkerretik Bilduz, composta por membros da esquerda abertzale e de outras áreas da esquerda soberanista e independentista, defende que a «alternativa socioeconómica de Euskal Herria» inclua, entre outras questões, «um banco público nacional, a recuperação e o alargamento da propriedade comunal, bem como a socialização dos meios de produção estratégicos».
Num documento-base que, segundo referiu, se encontra em debate no seio das organizações e da militância da esquerda abertzale, destaca-se para além disso a necessidade de promover a educação e a saúde «exclusivamente pública», controlar e gerir «os meios de transporte de mercadorias e pessoas», bem como «regulamentar a propriedade privada dos meios de comunicação».
Defende-se ainda uma redução da jornada laboral, a criação de um salário social universal em troca de trabalho para a comunidade e a progressiva eliminação da intervenção das ETT [empresas de trabalho temporário].
No documento destaca-se que «os déficit da economia basca residem na sua pouca diversificação produtiva e na escassa melhoria tecnológica de grande parte das pequenas e médias empresas e sectores industriais», ao mesmo tempo que se critica o facto de «a burguesia basca ter renunciado à criação de um país», embora, «olhando pelos seus próprios interesses de classe, tenha agido como colaboracionista do poder central».
Entre os passos que se julga imprescindíveis para alcançar um estado socialista basco, refere-se a necessidade de fortalecer os sectores públicos, aumentar a propriedade colectiva e devolver ao Estado o seu papel na economia.
Nesta linha defende-se também a recuperação e o alargamento da propriedade comunal, a socialização dos meios de produção referentes a sectores estratégicos, a criação de um banco público nacional, o desenvolvimento de uma produção agrícola e pecuária com base em critérios ecológicos.