Milhares de pessoas responderam à convocatória do movimento Herrira participando na manifestação em defesa do respeito pelos direitos dos presos políticos bascos e em solidariedade com o preso arrasatearra Iosu Uribetxeberria.
A mobilização, que partiu pela 17h30 do bairro de Sagues, tinha como lema «Giza eskubide guztiak. Euskal presoak Euskal Herrira. Repatriate Basque Prisoners». Numa outra faixa, exigia-se a libertação de Iosu Uribetxeberria, que tem um cancro em fase terminal e se encontra em greve de fome, e dos outros treze presos que têm doenças graves e incuráveis.
À cabeça da marcha seguiam, entre outras, as cinco pessoas que se encontram em greve de fome por tempo indefinido com o propósito de denunciar a situação que o preso arrasatearra, internado no Hospital Donostia, atravessa.
Ao chegar à Praça Okendo, Agustín Rodríguez, um dos cinco grevistas, disse que, inicialmente, se pretendia juntar a festa e a reivindicação na mobilização, mas que, face à gravidade da situação de Uribetxeberria e aos últimos acontecimentos, isso se tornara impossível.
Em seguida, insistiu na necessidade de acabar com a dispersão, o isolamento, a aplicação da chamada «doutrina Parot» – rejeitada por Estrasburgo – e reclamou a libertação dos presos com doenças graves.
Rodríguez reconheceu que são os Governos espanhol e francês que têm em seu poder as chaves para alterar a política prisional, mas lembrando que a pressão e a mobilização populares são ingredientes imprescindíveis para forçar essas mudanças.
Antes de a manifestação começar, Beñat Zarrabeitia, porta-voz do Herrira, também se referiu a Uribetxeberria, cuja situação é «cada vez mais grave». Zarrabeitia reclamou uma solução «imediata» para o natural de Arrasate (Gipuzkoa), pois «a cada minuto que passa a morte se torna mais próxima».
Nos últimos dias, múltiplos agentes sociais, sindicais e políticos tinham expressado a sua adesão à mobilização, na qual estiveram presentes, entre outros, o deputado geral de Gipuzkoa, Martin Garitano, o autarca de Donostia, Juan Karlos Izagirre, a secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, bem como dirigentes da esquerda abertzale, como Joseba Permach ou Pernando Barrena. / Fonte: naiz.info / Muitas fotos: ateakireki.com
Iosu askatu! Manifestação em Donostia
