terça-feira, 7 de agosto de 2012

O País Basco não está à venda!


Na sequência de acções realizadas nas estradas do País Basco Norte contra a especulação imobiliária e da denúncia do elevado número de segundas habitações em Biarritz, o colectivo basco contra a especulação convocou para 4 de Agosto uma acção de protesto em Sara (Lapurdi) contra as casas devolutas.
Assim, no sábado passado um grupo de jovens juntou-se ali para denunciar o número de habitações devolutas existentes no País Basco, tendo visitado uma casa vazia na localidade (só em Sara há oitenta!).
Estas iniciativas inserem-se numa campanha que visa denunciar o elevado número de casas devolutas e secundárias no País Basco Norte, que, neste momento, ascende a 35 864! A próxima acção de protesto terá lugar em Itsasu (Lapurdi), no dia 18 de Agosto.
Euskal Herria ez da salgai! Le Pays Basque n'est pas a vendre! / Mais info: topatu.info

Protestos em Castejón contra o Governo de Barcina, que defende os milhões para o TGV e a Vuelta
Numa altura em que continua a efectuar cortes anti-sociais, ontem o Governo navarro anunciou que vai continuar a fazer investimentos milionários no TGV, mesmo tendo de assumir que não existem garantias de que Madrid vá cumprir os compromissos. Numa conferência paralela no tempo, o mesmo Governo tentou justificar os gastos de 1,5 milhões de euros com a saída da Vuelta de Iruñea.

Protestos e assobios frente ao Museu Ferroviário
Luis Zarraluqui e os representantes do Governo navarro e as empresas que vão construir o novo sub-ramal do TGV foram recebidos com assobios à chegada ao Museu Ferroviário de Castejón (Nafarroa). Paradoxalmente, uma das localidades navarras mais ligadas ao comboio vai perder a sua estação caso o TGV comece a andar, e a assinatura do contrato das obras realizou-se no museu dedicado a essa tradição ferroviária.

«Por un tren público y social», «Lapurrak» [ladrões], «No es una crisis, es un atraco», «Ahí está la cueva de Alí Babá», «Estáis vendiendo Navarra» ou «No queremos TAV, queremos Sanidad» foram algumas das palavras de ordem que tiveram de ouvir os que ali chegaram.

A recepção pareceu não ser do agrado dos membros do Governo navarro. Após o breve acto de assinatura (pouco mais de cinco minutos), agentes da Polícia Foral identificaram os participantes no protesto. O zelo dos polícias também atingiu os meios de comunicação e até um jovem que ia com o seu cão à clínica veterinária móvel que ontem estava instalada em Castejón. Assim que saiu da furgoneta, pediram-lhe o BI. «Parece mentira que vos tenham tirado um subsídio e agora tenham de estar a proteger esses ladrões», queixou-se aos forais um habitante que tinha ido ao mercado.

A autarca, Yolanda Manrique (PSN), que assistiu ao acto de assinatura do contrato das obras, optou por abandonar o museu pela porta traseira, para assim não ter de ouvir as críticas de quem ali estava. Zarraluqui e os restantes continuaram reunidos, enquanto cá fora eram assobiados. / Martxelo DÍAZ / Ver: Gara / Ver também: AHT Gelditu! Elkarlana

Sobre o começo da Vuelta em Iruñea, ver:
«A Vuelta vai representar mais de 900 000 euros de despesa pública para os navarros» (Sanduzelai Leningrado)

«A Esait vai reivindicar "o carácter nacional" de Euskal Herria, mas sempre respeitando os ciclistas» (naiz.info e Berria)