A Esait reivindicou a identidade nacional de Euskal Herria em Iruñea, onde teve início a edição deste ano da Vuelta. Em declarações aos jornalistas, o porta-voz da Esait, Martxel Toledo, sublinhou que não estão contra a Volta a Espanha e que o objectivo do acto é reivindicar «o tratamento que merecemos como nação».
Toledo lembrou que depois de 33 anos sem entrar em Euskal Herria, o ano passado a Vuelta teve duas etapas na Comuninade Autónoma Basca, e este ano são duas na CAB e outras duas em Nafarroa, o que mostra bem o «interesse político dos partidos espanholistas» na questão.
Para Toledo, «não é aleatório o facto de as quatro etapas que decorrem em Euskal Herria acabarem ou começarem em localidades com municípios governados por PSOE (Barakaldo e Eibar) ou por UPN (Viana e Iruñea)». O porta-voz da Esait afirmou que «são partidos espanholistas que, com a desculpa de trazer a Vuelta, estão a tentar de alguma forma levantar uma questão identitária em Euskal Herria, através do desporto».
No entanto, para a Esait é claro que, por muito que se esforcem, não vão tornar Euskal Herria mais espanhola. «Nos tempos que vivemos, merecemos outro tipo de tratamento, pelo menos o tratamento que nos é devido enquanto nação».
De Iruñea a Eibar
O acto de hoje consistiu numa pequena homenagem à ikurriña e numa concentração na Praça do Baluarte, embora inicialmente a ideia fosse realizar uma kalejira. A Esait queria realizar o «cortejo» por onde os corredores depois passariam, mas a Delegação do Governo espanhol em Nafarrroa não autorizou a iniciativa.