Ontem, ao fim da tarde, realizou-se uma concentração ruidosa (com tachos, tampas, apitos) para protestar contra as últimas detenções relacionadas com os incidentes do Riau-riau. No protesto, reivindicou-se o fim da repressão sobre as festas de Iruñea e culpou-se o autarca, Enrique Maya, da perseguição policial. Com as cinco detenções de segunda-feira, são já nove as pessoas imputadas pelo fracasso da recuperação da Marcha da Véspera, no dia 6 de Julho. O grosso das detenções foi efectuado pela Polícia espanhola e tem um cariz político.
Com os incidentes de dia 6, a Vereação teve de cancelar o desfile das vésperas. Pese embora a avultada a operação policial, os incidentes que a motivaram apenas provocaram um ferido ligeiro, um polícia municipal que foi atingido por um pedaço de gelo. Nenhum dos detidos, que não estão sujeitos a qualquer medida de controlo, está implicado no lançamento do pedaço de gelo.
No final do protesto ruidoso, Dani Saralegi leu um comunicado. «A UPN e o autarca, Enrique Maya, estão a fazer uma figura ridícula espantosa ao apostar na repressão nos Sanfermines. Todo o mundo pôde ver que foi a Polícia e não o povo que procurou a confrontação durante as festas. Todo o mundo pôde ver que quem acendeu o rastilho dos incidentes não foram as pessoas que estão a ser presas, mas sim outras que continuam por identificar», disse Saralegi, que também criticou «a violência brutal» utilizada pela Polícia espanhola contra o «encierro de la villavesa». Acusou ainda o autarca e a UPN de «quererem roubar os Sanfermines ao povo de Iruñea» para impor pela repressão «umas festas à sua medida».