A Etxerat fez saber que Aitzol Gogorza (Orereta, Gipuzkoa), um dos treze presos com doenças graves e incuráveis, foi internado no Hospital de Basurto.
De acordo com a nota de imprensa da Etxerat, «Aitzol tem grandes alterações anímicas, e nos últimos tempos andava bastante em baixo. Vendo que não conseguiam dar a volta à situação, os médicos da prisão, os médicos de confiança do preso e o próprio Aitzol acharam que era melhor interná-lo».
À tarde, os seus familiares e os médicos de confiança ainda não tinham tido possibilidade de estar com ele, mas esperavam poder visitá-lo nas horas seguintes.
Gogorza sofre de um transtorno obsessivo compulsivo de longa duração, doença que foi reactivada após a sua detenção, em 1999, tendo necessitado de assistência psiquiátrica especializada na prisão de Poissy (Frantzia). Em Junho de 2011 foi transferido para o presídio de Soto del Real (Espanha) e, na sequência de diversas situações de tensão com os funcionários, foi colocado em regime de isolamento.
Em Outubro desse ano, a doença voltou a manifestar-se, de forma aguda, sendo-lhe então aplicado, em Novembro, o protocolo de acompanhamento de 24 horas, previsto para casos de prevenção de suicídio. / Fonte: Berria e etxerat.infoSeis ex-presos, julgados hoje em Bilbo por pedir a liberdade dos presos doentes
Seis cidadãos bascos, todos ex-presos, foram hoje julgados num tribunal de Bilbo por se terem acorrentado à delegação do Governo espanhol, a 24 de Agosto, durante a Aste Nagusia, para exigir a liberdade dos presos políticos com doenças graves e, em especial, de Iosu Uribetxebarria, dada a gravidade da sua situação.
Agustin Figal, uma das seis pessoas hoje julgadas, falou em nome de todos, tendo afirmado que a decisão de manter Iosu Uribetxebarria preso «era uma decisão de carácter político». Em relação ao julgamento, Figal disse que os arguidos foram acusados de uma contravenção, o que significa que a pena a aplicar será uma «multa».
Para além disso, fizeram questão de denunciar com clareza a natureza «política» do julgamento, não entendendo como seis pessoas podem ir a julgamento por defender os direitos que assistem aos presos com doenças graves. Por isso, consideram que o julgamento deve terminar de imediato e que quem deve ser julgado é o Estado.
Enquanto o julgamento decorreu, o Herrira realizou uma concentração de protesto à entrada do tribunal. / Ver: BilboBranka / Vídeo: Sei preso ohi epaitu dituzte
Hodei Ijurko vai ser julgado pela agressão dos funcionários na prisão de Soto
Embora o agredido tenha sido Hodei, a queixa que apresentou foi arquivada, e agora é ele que vai ser julgado, podendo ser punido com dois anos de cadeia.
O preso político basco Hodei Ijurko (Iturrama, Iruñea) vai ser julgado no dia 22 de Outubro, acusado do crime de atentado à autoridade. Os factos remontam a Maio de 2008, quando, depois de ser encarcerado, teve uma discussão com vários carcereiros, que acabaram por lhe dar uma sova.
O jovem de Iturrama foi então castigado com o regime de isolamento e com a transferência para a prisão de Curtis (Galiza), onde passou mais dois anos em regime de isolamento, sem qualquer contacto com outros presos políticos bascos. Agora, o MP pede 2 anos de prisão para Hodei Ijurko, embora tenha sido ele o agredido. Os outros... na boa. A queixa foi arquivada.
Concentração de protesto
No dia 22 de Outubro, coincidindo com o julgamento, às 20h00, haverá uma concentração na rotunda entre as ruas Eskirotz e Iturrama, para denunciar mais este julgamento-farsa. / Fonte: ateakireki.com