Em resposta à convocatória do colectivo Etxalde, cerca de mil profissionais do sector primário manifestaram-se hoje ao meio-dia pelo centro de Bilbo para reivindicar o direito de todas as pessoas a uma alimentação saudável.
Na mobilização estiveram presentes, entre outros, o secretário-geral do ELA, Adolfo Muñoz, o líder da Alternatiba, Oskar Matute, e a deputada da Amaiur, Maite Aristegi.
Meia dezena de tractores acompanharam a marcha com cartazes em que se podia ler: «los alimentos no son mercancía», «alimentación sin especulación» e «la bolsa no puede decidir nuestro futuro».
Na mobilização denunciou-se o facto de «a alimentação se ter tornado uma mercadoria com a qual se especula, num sistema que fomenta a agricultura industrial».
Neste sentido, o Etxalde reclamou a mudança desta situação e que sejam dados passos no caminho para a soberania alimentar. Baserritarras e consumidores afirmaram que Euskal Herria apenas produz 5% de tudo aquilo que consome. / Fonte: naiz.info / Ver: boltxe.info
O EH Bildu pede a suspensão do processo de privatização do Kutxabank
Numa conferência de imprensa em Donostia, os representantes do EH Bildu Unai Ziarreta (EA), Ainhoa Beola (Aralar), Marije Fullaondo (esquerda abertzale) e Xabi Vázquez (Alternatiba) voltaram a denunciar a «fraude política» realizada por PNV e PP na constituição da entidade para «deixar o Bildu à margem».
Defenderam que o Kutxabank deve apostar «neste país e na sua construção, mantendo e fomentando sempre o carácter público e social que as caixas tinham», algo que hoje está em perigo, segundo explicaram.
Para a coligação soberanista, o Kutxabank tem de ser «uma ferramenta básica para mudar o actual modelo, garantindo o financiamento ao desenvolvimento, promovendo políticas sociais e facultando às instituições o crédito necessário». «A poupança gerada em Euskal Herria deve ficar aqui, e deve ser gerida aqui, mais ainda na situação actual, quando são necessárias estratégias concretas para fazer frente à crise».
Depois de afirmarem que o modelo PNV conduz o Kutxabank «ao modelo da especulação, com a clara intenção de criar mais um banco a nível do Estado», insistiram na ideia de que a Lei «não obriga à transformação e ao processo de privatização», e que «nem sequer existia qualquer obrigação de criar um banco», porque noutras zonas da Europa «as caixas de aforro» se mantêm.