Hoje, dois dos quatro processados pela acção de «tarteamento» anti-TGV a Yolanda Barcina, «presidente do mau Gobierno de Navarra», compareceram na Audiência de Iruñea, para ficarem a conhecer o processo incriminatório em que são acusados de atentado grave à autoridade, punível com penas entre os 4 e os 10 anos de prisão. Os dois «tartalaris» refutaram as acusações e recusaram-se a depor.
Gonzalo Boye, advogado dos «tartalaris», afirmou que o motivo pelo qual estes se recusaram a depor e rejeitaram as acusações tem a ver com o facto de «os acontecimentos se terem dado em território francês e de as pessoas occitanas com cidadania francesa que participaram na acção não terem sido chamadas a depor ou terem sido acusadas».
Para além disso, em Toulouse, apenas os occitanos foram chamados a prestar declarações à Polícia, e não os «tartalaris», sendo assim «evidente que estamos perante uma vingança política e não um procedimento judicial sério», afirmou o advogado.
Gonzalo Boye fez ainda questão de salientar que toda a investigação neste processo foi iniciada e levada a cabo pela Polícia Foral, que não tem competências em território francês, e sendo a sua máxima responsável a Presidente do Governo de Navarra. Ou seja, a queixosa. Portanto, a queixosa e a investigadora são a mesma pessoa; «se isto não é nepotismo, do que é que estamos a falar?». Para Gonzalo Boye «esta questão tem de ser investigada ou, no mínimo, discutida, no Parlamento de Navarra».