quarta-feira, 23 de maio de 2012

Guardas civis denunciam a criação de ficheiros ilegais sobre os cidadãos

A Unión de Guardias Civiles (UGC) afirmou ontem que os superiores intermédios e oficiais da instituição armada obrigam os agentes destacados em Iruñea e Beriain a realizar «acções criminosas como a violação da norma de protecção de dados de forma indiscriminada, já que um número importante de cidadãos está a passar a ter antecedentes policiais sem o saber», segundo referiu ontem Manuel Mato, presidente desta organização.

«Está-se a pedir aos agentes que identifiquem o maior número de pessoas em controlos de estrada, não só com o seu nome, mas com informações como números de telefone, onde vão, porquê... Estes elementos passam a alimentar uma base de dados sem conhecimento dos cidadãos, que a partir desse momento passam a ter antecedentes policiais e, se a informação foi recolhida num controlo antiterrorista ou antidroga, passa a ter antecedentes policiais associados a drogas ou terrorismo», explicou Mato, que acrescentou que a delegada do Governo espanhol em Nafarroa, Carmen Alba, não atendeu às queixas que apresentaram.

O Bildu repudia a presença militar e policial em Sakana
O Bildu de Sakana (Nafarroa), por seu lado, denunciou «a ocupação militar e policial vivida no vale nas últimas semanas», nomeadamente com as manobras do Exército espanhol e com os controlos da Guarda Civil e da Polícia Foral. Perante esta situação, vão apresentar moções a favor da desmilitarização nos municípios. / Fonte: Gara

Ver ainda: «Ares defende os cinco agentes imputados no "caso Nafarrate"» (Gara)
Os cinco ertzainas implicados na agressão sofrida por Xuban Nafarrate deverão depor como imputados perante a titular do tribunal de instrução número dois de Gasteiz. Ontem, receberam o apoio de Ares, que, voltando a comparecer na Comissão de Interior da Câmara de Gasteiz, negou que tenham disparado uma bala de borracha contra Nafarrate. Juanjo Agirrezabala, deputado do EA, confrontou o conselheiro com a «falsidade» da primeira versão que apresentou em sede parlamentar e voltou a pedir a sua demissão. Ares reafirmou que é vítima de uma campanha contra a Ertzaintza.

Dani Maeztu: «Con sus declaraciones Ares defiende la impunidad policial» (Info7 Irratia)
O deputado do Aralar Dani Maeztu criticou fortemente a intervenção de Rodolfo Ares, ontem, na Câmara de Gasteiz, relativa ao caso do jovem Xuban Nafarrete. Para o porta-voz do Aralar, «com as suas declarações, Ares defende a impunidade policial». Também explicou por que é que o seu partido não votou a favor da proposta de lei para a criação do Instituto de la Memoria, Convivencia y Derechos Humanos.