David Urdin, Irati Mujika, Oihan Ataun, Mikel Marin e Josu Esparza vão ser julgados esta sexta-feira, dia 25 de Maio, na Audiência Nacional espanhola, acusados de enaltecimento do terrorismo por terem mostrado fotos de presos na Korrika de 2009, em Iruñea. O MP pediu 18 meses de prisão para cada um.
Em Dezembro de 2010, em plena caça às bruxas relacionada com as fotos dos presos, a Guarda Civil intimou a depor 17 pessoas, entre as quais cinco responsáveis da AEK, e a Audiência Nacional espanhola incriminou-as por enaltecimento do terrorismo.
Desde então, a maior parte dos arguidos viu o processo ser arquivado, e só as cinco pessoas referidas irão a julgamento. Uma delas é Josu Esparza, na altura porta-voz do Movimento pró-Amnistia e actualmente na prisão. Esparza foi detido em Iparralde no ano passado, sendo entregue à Audiência Nacional em Dezembro, em virtude de dois mandados europeus - um deles relacionado com o processo das fotos dos presos.
Protesto do movimento Eleak
Para o Eleak, movimento que defende os direitos civis, este julgamento evidencia, mais uma vez, a falta de liberdades políticas em Euskal Herria. «Estas cinco pessoas vão ser julgadas por manifestarem a sua solidariedade para com os presos políticos, por denunciarem as medidas de excepção que são aplicadas aos presos. E a isso chama-se apologia da solidariedade».
Assim, o Eleak mugimendua exigiu que se acabe imediatamente com a perseguição às ideias e a caça às bruxas movida contra a solidariedade; convoca ainda os cidadãos a comparecerem na Praça do Município, esta sexta-feira, a partir das 12h00, para denunciar este julgamento. / Fonte: ateakireki.com
[Na imagem lê-se: Um ano e meio de prisão por defender os direitos dos presos?]