domingo, 13 de maio de 2012

Os presos palestinianos levam o seu protesto até à beira da morte

Um deles está há 75 dias sem comer. Numa carta lida por Haniyeh, destacam que «ou vivemos com dignidade ou morreremos com dignidade»

Há 31 anos, também em Maio, o preso republicano Bobby Sands entrava em coma depois de estar 66 dias em greve de fome, vindo a falecer no dia 5 de Maio de 1981. Mais nove presos conheceram o mesmo trágico destino, face a uma Margaret Thatcher que se recusava a reconhecer o estatuto político dos presos republicanos e que chegou a dizer que «Sands era um criminoso convicto que optou por acabar com a sua própria vida».

31 anos depois, cerca de 2000 presos palestinianos mantêm uma greve de fome com o propósito de exigir a derrogação da chamada «detenção administrativa», da política de isolamento e da proibição de receber visitas de familiares residentes em Gaza. Pedem, ainda, que se lhes seja permitido tirar uma fotografia com as suas famílias uma vez por ano e não como até agora, que só o podem fazer uma vez durante o período de encarceramento.

O seu estado agrava-se a cada momento que passa, frente a um Governo que se recusa a atender às suas exigências e continua a esticar a corda.

Já na segunda-feira passada o Comité Internacional da Cruz Vermelha alertou para o «iminente risco de morte» de pelo menos seis presos. / Fonte: Gara