sexta-feira, 27 de abril de 2012

Contra a pena perpétua: concentrações em Iruñea, Gasteiz e Bilbo

Convocadas pelo Herrira, realizaram-se hoje ao meio-dia, frente aos tribunais de Bilbo, Iruñea e Gasteiz, concentrações contra a sentença 197/2006, que permite prolongar as penas de prisão. Para o Herrira, o «Plano de Reinserção» que o Governo espanhol pôs em marcha não soluciona a situação dos presos, nem resolve a questão dos direitos humanos. Ver: Gara / Fotos: Iruñea (ateakireki.com), e Gasteiz (Berria)

Relatório mensal da Etxerat: Março
[Excerto da introdução.] Infelizmente a situação dos 639 presos e presas que compõem o Colectivo de Presos Políticos Bascos continua na mesma. Embora em Euskal Herria se esteja a fazer um esforço muito grande em prol da paz e da solução do conflito, o Governo espanhol mantém os nossos familiares na mesma situação, sem respeitar os direitos das presas e dos presos políticos bascos ou os nossos [familiares e amigos] e tentando colocar obstáculos à solução do conflito. Não se dão passos para que os direitos dos nossos familiares sejam respeitados. Como se pode observar neste relatório mensal, os seus direitos mais básicos não são respeitados: ter uma alimentação adequada ou poder sair da cela mais de uma hora é um verdadeiro luxo para elas e para eles.
Repetem-se, mais uma vez, as agressões físicas e o isolamento. Como se estar na prisão não fosse suficientemente difícil, a atitude que os funcionários mantêm para com as presas e os presos políticos bascos torna mais duro o tempo que estes têm de passar na prisão; as agressões, as ameaças, os insultos e as atitudes agressivas sucedem-se. / VER: etxerat.info / Relatório mensal da Etxerat: Março

Gotzon Alcalde libertado pouco depois de ser julgado na AN
No julgamento, o procurador Luis Barroso pedia 18 anos e 10 meses de prisão para o preso algortarra, por planear um atentado contra a casa-quartel de Getxo. De acordo com as mesmas fontes, a libertação de Gotzon pode ficar a dever-se ao facto de, muito provavelmente, vir a ser absolvido neste processo ou ao facto de já ter cumprido em situação de prisão provisional mais de metade da pena a que vier a ser condenado.
O biscainho, que foi detido juntamente com Leire Etxeberria em Fevereiro de 2006 na localidade francesa de Montluçon, apenas respondeu a questões colocadas pelo seu advogado, Alfonso Zenón; reconheceu ter colaborado com a ETA, embora tendo afirmado que «nunca» participou na planificação de nenhuma «acção concreta» nem em actividades dos «liberados», como o roubo de viaturas ou a falsificação de matrículas. A defesa pediu a sua absolvição, por falta de provas.
Depois do julgamento, Gotzon foi libertado, tendo saído da prisão de Valdemoro ainda ontem. Hoje, vai haver festa em Algorta! Ongi etorri! / Fontes: Gara e algortaHerrira

Labi e Xaporra recebidos de braços abertos em Zarautz
Passaram um ano na prisão depois de condenados por «enaltecimento do terrorismo» pela AN espanhola, na sequência de uma denúncia anónima. / Fonte: herrira.org

Leitura:
«Criminales chantajistas», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
Los presos politicos no necesitan reinsertase en una sociedad en la que están plenamente insertados. Por eso los dispersan, para alejarlos del pueblo. Obviamente después de décadas ya se han dado cuenta que sus esfuerzos han sido en vano. Se han quedado simplemente con una política penitenciaria criminal, cruel y sobre todo gratuita. Es el estado español el que persigue violentamente a la mayoría de la sociedad vasca que defiende los derechos de los presos políticos. Son los estados en definitiva los que deben de respetar esa voluntad.