Colectivos sociais bilbotarras tinham convocado uma conferência de imprensa para Bilbo, junto ao Palácio da Justiça, com o propósito de protestar contra o assassínio de Iñigo e de anunciar a mobilização desta tarde em Zabalburu, também em protesto pela morte do jovem, depois de ser atingido por uma bala de borracha.
Contudo, a conferência de imprensa não terminou, já que, por um lado, andava gente (à paisana) a fotografar com telemóveis as pessoas ali presentes e, por outro, apareceram no local vários membros do corpo policial bascongado, não permitindo que as pessoas presentes na conferência de imprensa ali estivessem. Estas responderam, defendendo o seu direito a estar no local, que era questão de minutos, não mais que isso.
Os polícias também responderam: identificaram várias pessoas (seis, de acordo com o Gara), tendo havido ainda empurrões e gente arrastada; ainda sacaram dos cassetes, tendo acabado por bater em pessoas que tentavam dar a sua visão sobre o assassínio e dar informações sobre a mobilização.
Por outro lado, nas escadarias da Câmara Municipal de Bilbo juntaram-se dezenas de pessoas, em resposta à convocatória do Bildu, para, de forma silenciosa, também ali denunciar a morte violenta de Iñigo Cabacas e pedir a demissão de Rodolfo Ares.
Parece que as balas de borracha vão ser proibidas a partir de 2013, depois de terem provocado pelo menos duas mortes em Euskal Herria (Roza Zarra e Iñigo) e muitas centenas de feridos (alguns deles com gravidade), mas a atitude repressiva da Polícia autónoma não parece abrandar. / Fonte: boltxe.info / Mais info: Gara, Gara, BilboBranka e BilboBranka
Conferência de imprensa no Palácio da Justiça e ertzas
Conferência de imprensa do Movimento Popular no Palácio da Justiça e ertzainas / Fonte: BilboBranka
Leituras:
«La milonga del Sr. Ares», de Mikel ARIZALETA (lahaine.org)Más que apaciguadores y restablecedores de la convivencia aparecen como provocadores de alboroto y mala leche
«Se están riendo a la cara», de Borroka Garaia (lahaine.org)
Y es que ellos saben y nosotros sabemos como funciona esto. ¿Qué hacemos?. Lo primero callar. Es tal el nivel de impunidad que tienen que llegaron a la misma conclusión que en el caso de Xuban Nafarrete. Callarse y si cuela, cuela. Si se levanta la protesta ya saldremos diciendo que se ha tropezado, añadiremos que es del «entorno» y nos montaremos alguna historieta sobre el peligro que corrían los agentes. Así lo hicieron.
«Peligrosa herriko», de Maite SOROA (Gara)
[Num jornal de Madrid diz-se:] «De que el Gobierno vasco asuma todas las consecuencias de esa investigación puede depender que este trágico acontecimiento no se convierta en bandera de la izquierda abertzale para provocar una escalada de disturbios»