terça-feira, 10 de abril de 2012

Repressão policial em Bilbo: a autópsia confirma que Iñigo Cabacas faleceu depois de ser atingido por uma bala de borracha

O exame forense determinou que a ferida, que lhe provocou a fractura craniana e uma hemorragia que o levaria a entrar em estado de coma e conduziria ao seu falecimento anteontem de manhã, foi causada pelo impacto de uma bala de borracha. (Na foto, apoio a Iñigo em San Mamés durante o jogo Athletic-Sevilha, no domingo passado.) / VER: Gara

Repressão policial em Bilbo: o Eleak exige a demissão de Ares e apela à mobilização para «travar ataques» como o de Iñigo Cabacas
O movimento Eleak fez um apelo «à mobilização e à organização popular», na sequência do falecimento do apoiante do Athletic Iñigo Cabacas Liceranzu, como forma de «travar estes e outros ataques» e exigiu a demissão do conselheiro do Interior de Lakua, Rodolfo Ares, enquanto «responsável máximo» destas intervenções policiais.

Em comunicado, o Eleak manifestou a sua «solidariedade e apoio» aos familiares do apoiante do Athletic que faleceu na segunda-feira depois de ter sido ferido nos incidentes que ocorreram na quinta-feira passada após o jogo contra o Schalke 04, e também aos do jovem gasteiztarra Xuban Nafarrate, que ficou ferido na jornada da greve geral do passado dia 29, bem como a todas as pessoas que «foram alvo da repressão da Ertzaintza».

Em seu entender, «a violência exercida sobre Xuban Nafarrate e, sobretudo, a morte de Iñigo Cabacas na sequência de uma carga policial não são mais que a ponta do iceberg de uma violência amparada pelos poderes, justificada por representantes políticos e silenciada pelos seus meios de comunicação».

Deste modo, o colectivo afirmou que «o abuso da força policial para dissolver manifestações, as ameaças e as agressões, a vigilância asfixiante a jovens, as identificações massivas e as detenções em actos de protesto, a intervenção inaceitável de polícias armados em recintos hospitalares sobre as vítimas da sua actuação são práticas habituais de uma polícia que, devendo velar pelos direitos das pessoas, os ataca».

O Eleak insistiu que, «sob este paradigma da segurança se apoiam e silenciam acções repressivas contra os direitos mais elementares, que num sistema democrático deviam ser básicos», como são o direito de manifestação e de expressão. / Fonte: Gara

«Mobilizações em Euskal Herria após a morte de Iñigo Cabacas» (SareAntifaxista, Gara e gazteiraultza.info)
Em Algorta, Gasteiz, Donostia, Iruñea, Elorrio, Zarautz.
Muita informação em SareAntifaxista e BilboBranka

Ver também:
«Iñigo Cabacas é a última vítima da violência policial» (Gara)
Iñigo Cabacas é a «última vítima da violência policial», que obedece a «uma estratégia política que pretende abortar as esperanças de paz e de soluções», denunciam EA, Aralar, Alternatiba e esquerda abertzale. Exigem a demissão de Ares, «responsável político» desta morte.

«As diversas polícias continuam a utilizar balas de borracha apesar da proibição europeia» (ateakireki.com)

[Vídeo] «#IñigoCabacas #StopBalasDeGoma: Lluvia de pelotazos en Iruñea el 29M» (ateakireki.com)

[Fotos] «Um jovem morto após uma intervenção da Polícia basca com balas de borracha» (boltxe.info)

«Pilotakada batek hil zuen Cabacas, autopsiaren arabera» (Berria)
Leituras:
«Testimonio de Xabier Solorzano» (BilboBranka)
Este joven presenció el momento en que la Ertzaintza irrumpía a pelotazos en la plaza de la herriko taberna de Indautxu. Afirma que tras ver el cuerpo de Iñigo Cabacas en el suelo y ensangrentado se dirigió a un agente para pedirle que llamara a una ambulancia, a lo que varios ertzainas respondieron golpeándole con sus porras.

«Triste, pero no extraño» (Gara)
A un responsable policial como él debe exigírsele lo que el mismo nombre del cuerpo predica: proteger a la ciudadanía (herri zaintza), y no intimidarla y apalearla.

«Iñigo Cabacas Liceranzu», de Borroka Garaia (lahaine.org)
Para los socios y simpatizantes del athletic, especialmente para los más jóvenes no son extrañas ni poco habituales las agresiones policiales.