Quando passam três anos sobre o desaparecimento, em estranhas circunstâncias, do militante da ETA Jon Anza, cujo cadáver apareceu quase um ano depois numa morgue de Toulouse, membros do colectivo que luta por saber a verdade sobre o caso denunciaram a falta de vontade das autoridades em esclarecer os factos.
Representantes do Jon Anza kolektiboa deram hoje uma conferência de imprensa em Baiona, por ocasião do terceiro aniversário do desaparecimento do habitante de Intxaurrondo (Donostia), cujo cadáver foi encontrado quase um ano mais tarde na morgue do Hospital Purpan, em Toulouse.
Na conferência de imprensa, consideraram que o processo judicial iniciado em Toulouse sobre a morte do ex-preso político deverá ser arquivado em breve, e que esta decisão será tomada sem terem sido atendidas as exigências da família Anza: que o procurador de Toulouse seja interrogado pela juíza de Instrução e que o dossier médico do donostiarra seja comunicado à família. Hoje, também voltaram a exigir que responsáveis policiais, judiciais e políticos sejam interrogados sobre a questão.
Salientaram também o facto de não lhes ter sido permitido aceder ao dossier médico sobre o falecimento, que actualmente se encontra nas mãos das autoridades judiciais e que, de acordo com as pessoas próximas de Anza, seria um elemento-chave para saber o que lhe aconteceu.
«A atitude da Justiça vem reforçar a tese do desaparecimento político de Anza», afirmou o advogado Julien Brel.Apesar de todos os obstáculos, a companheira de Anza, Maixo Pascassio, esclareceu que não irá «aceitar que as legítimas perguntas da família fiquem sem resposta». / Fonte: Gara / Ver também: Berria
A universidade abre as suas portas à solidariedade
Apresentação do Herrira Gasteiz no Campus de Araba, no âmbito da Elkartasun Astea [Semana da Solidariedade] 2012. A apresentação deste novo colectivo criado com a finalidade concreta de trazer os presos para casa contou com as intervenções de Amaia Esnal, Ane Zelaia e Nagore López de Luzuriaga (familiar da presa política basca Gotzone López de Luzuriaga, em prisão prolongada, apesar de ter uma doença grave). / Ion Salgado / Ver: Gara
O Herrira organiza uma jornada de apoio a Lacroix e Haranburu
Este sexta-feira, 21 de Abril, o Herrira organiza um encontro reivindicativo em defesa de Naia Lacroix e Txistor Haranburu, dois presos políticos naturais de Senpere (Lapurdi). Para além disso, na semana que vem o colectivo solidário está a preparar uma viagem até à prisão de Gradignan (Bordéus) para visitar Naia, que permanece isolada, e apoiar todos os presos políticos bascos que ali se encontram. / Fonte: Gara e herrira.org
Depois de ter passado 18 anos na prisão, cumprindo a pena na íntegra, o preso político Txomin Sola, do bairro iruindarra de Donibane, será libertado na sexta-feira de manhã, saindo da prisão de Dueñas; nessa mesma tarde, às 18h00, haverá uma cerimónia de boas-vindas no seu bairro, na Asunción plaza.
Ao longo destes anos, Txomin conheceu de perto a dispersão, o isolamento e todas as outras medidas de excepção que são aplicadas aos presos políticos bascos. Já devia ter saído da prisão há tempo, na medida em que já tinha cumprido três quartos da pena há alguns anos. / Notícia completa: ateakireki.com
Ver também: «Cinco magistrados do TC discordam da aplicação da "doctrina Parot"» (Gara)
Dos onze juízes que compõem o plenário do Tribunal Constitucional, cinco expressaram a sua discordância relativamente à aplicação da doutrina 197/2006 com diversos votos particulares nas sentenças hoje notificadas.