No passado dia 30 de Março, momentos antes de que a Praça Telletxe, em Algorta (Getxo, Bizkaia), acolhesse a homenagem a Xabier Galdeano, assassinado pelos GAL há 27 anos, a Ertzaintza apareceu no local, por ordem da Audiência Nacional espanhola, interrompendo a homenagem ao algortarra, bem como o acto prévio. Na origem da proibição, segundo se explica num texto do colectivo de afectados composto por familiares de diversas associações de Getxo, «estava a mobilização que, segundo constava, ia ser realizada em Algorta a favor de 15 presos da ETA».
Não obstante, o colectivo refere que não havia qualquer convocatória desse género. Critica também o chefe da Ertzaintza de Getxo por ter decidido obedecer às ordens da Audiência Nacional, quando a mobilização tinha sido autorizada pelo Departamento do Interior de Lakua.
O fundador e membro do conselho de administração do diário Egin e jornalista algortarra Xabier Galdeano é reconhecido como vítima pelo Governo espanhol, pelo Governo de Gasteiz e pela Câmara Municipal de Getxo. Lembram que a administração getxoztarra realizou actos em sua memória noutras ocasiões, pelo que se questionam sobre a razão de os cidadãos não poderem homenagear Galdeano.
Com tudo isto, e «procurando apurar responsabilidades», agendaram para dia 25 de Abril uma grande conferência de imprensa - que será um acto de reivindicação pelos direitos civis e políticos -, bem como uma homenagem a Galdeano três dias depois. / Notícia completa: Gara / Ver também: etengabe
Dois jovens de Santurtzi, condenados a trabalhos sociais por colocarem uma faixa reivindicativa
Ander Zorrilla e Eleder González, dois jovens de Santurtzi (Bizkaia), foram condenados na quinta-feira passada pela Audiência Nacional espanhola a dez horas de serviços sociais por terem colocado uma faixa reivindicativa em 2010.
Num comunicado, a juventude independentista da referida localidade biscainha afirmou que esta condenação é um sinal «da perseguição que os jovens sofrem em Euskal Herria». Tal como indicaram, o Estado espanhol «coloca outra vez a juventude desta terra na mira, e para isso põe todos os seus mecanismos repressivos - judiciais, policiais e mediáticos - a funcionar».
Para acabar com esta situação, que afecta centenas de pessoas nos quatro herrialdes que ficam a sul do Bidasoa, os jovens de Santurtzi anunciaram a intenção de «continuar a lutar por uma outra Euskal Herria e por um outro modelo social».A juventude independentista do município, que se mostrou empenhada na nova etapa aberta após o fim da luta armada da ETA, referiu que quer dizer «alto e claro» que não irá tolerar nenhum ataque contra Euskal Herria nem contra a sua juventude». / Fonte: Gara / Ver também: topatu.info
Ernesto Prat, recebido em Berriozar e Elizondo (também com os calores da Guarda Civil)
Depois de pagar 25 000 euros de fiança decretados pelo tribunal de excepção espanhol, Ernesto Prat saiu ontem pelas 20h00 da prisão de Alcala, regressando então a Euskal Herria. À chegada a Berriozar (Iruñerria, Nafarroa), a Guarda Civil tentou evitar que o ex-preso fosse recebido pelas muitas pessoas reunidas na Eguzki Plaza, mas, no final, acabou por sentir a solidariedade dos seus: depois de lhe entregarem um ramo de flores, dançaram um aurresku em sua honra.
Já hoje, na parte da manhã, foi calorosamente recebido por cerca de 150 pessoas em Elizondo (Norte de Nafarroa). A presença da Guarda Civil na praça foi significativa e, segundo foi divulgado pelos presentes, os agentes andaram entretidos a fotografar e videogravar quem estava na cerimónia.
Recorde-se que Prat escapou a uma operação da Benemérita contra a juventude independentista em Nafarroa, vivendo em Lapurdi desde 2008. Na sequência de um mandado europeu emitido contra ele pelo tribunal de excepção espanhol, a Polícia francesa deteve-o a 25 de Janeiro deste ano em Urruña. Foi posteriormente encarcerado em Seysses e entregue ao Estado espanhol. / Fontes: Gara e ateakireki.com / Fotos de Berriozar (eguzkiplaza.net)