Numa conferência de imprensa que decorreu em Gasteiz, a Etxerat afirmou que, embora a resolução ontem divulgada apenas trate do caso de Inés del Río, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem «faz uma leitura contrária da doutrina 197/2006, a mesma pena perpétua que nós, familiares destes presos políticos bascos por ela afectados, denunciámos uma e outra vez».
Em euskara e castelhano, afirmaram que as conclusões sobre a decisão do Tribunal de Estrasburgo são «claras», e que a referida doutrina «viola os direitos humanos», pelo que «deve ser derrogada imediatamente».
Depois de sublinharem que esta resolução, que «isola e refuta a doutrina do Supremo Tribunal», é um «triunfo» dos cidadãos bascos, desafiaram o Executivo espanhol a libertar todos os presos aos quais foi aplicada a denominada «doutrina Parot». «Ao Governo espanhol acabaram-se as desculpas para prolongar as penas aos que já as cumpriram», salientaram.
Recordaram ainda que a política prisional «baseada na vingança» que actualmente se pratica «permite a existência de outros mecanismos» que atingem tanto os presos como os seus familiares e amigos. Foi nesse contexto que enquadraram as últimas agressões a presos políticos bascos, referindo os casos de Aitor Liguerzana em Foncalent e os de Rubén Rivero, Julen Mujika e Ibon Goieaskoetxea em Villefranche sur Saône.
Assim, com o propósito de reclamar o fim das medidas de excepção, a Etxerat aderiu à iniciativa convocada pelo Herrira para 13 e 14 de Julho frente à prisão de Zaballa. «É imprescindível que todos os familiares estejam na noite das velas», concluíram. / Fonte: naiz.info
O Herrira diz que a resolução de Estrasburgo dá ao Estado «uma grande oportunidade» para iniciar «o caminho para a paz»
Numa conferência de imprensa que decorreu em Bilbo, Amaia Esnal e Manu Ugartemendia, porta-vozes do Herrira, referiram que a resolução do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem sobre a presa Inés del Río dá «ao Estado espanhol uma grande oportunidade para iniciar o seu caminho para a paz, respeitando os direitos fundamentais» dos presos, tendo considerado que «o passo seguinte» devia ser o de «deixar sem efeito» a chamada «doutrina Parot» e libertar os presos por ela atingidos. / Ver: naiz.info e herrira.org / Vídeo: BilboBranka