quinta-feira, 19 de julho de 2012

Oito sindicatos e uma centena de organizações sociais convocam uma greve geral para 26 de Setembro

Representantes de ELA, LAB, ESK, STEE-EILAS, EHNE, Hiru, CGT-LKN, CNT e mais de uma centena de organizações sociais deram uma conferência de imprensa hoje de manhã em Bilbo para anunciar a convocatória de uma greve geral para dia 26 de Setembro no País Basco Sul contra os cortes anunciados pelo Governo espanhol.

Adolfo Muñoz, secretário-geral do ELA, e a sua homóloga do LAB, Ainhoa Etxaide, afirmaram que o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, «mente» quando diz que «não existe alternativa» e avisaram que «vão tomar as ruas» para pedir que as medidas do Governo do PP «não sejam impostas» em Hego Euskal Herria. Para tal, entendem que «não há outro caminho que não seja a luta e a mobilização».

Disseram também que as medidas anunciadas pelo chefe do Executivo espanhol «condenam» os cidadãos «à lei da selva» porque vão ter de «saber identificar o inimigo», em alusão a «políticos e especuladores», e também «defender-se com os seus e marcar o território». Por isso, sindicatos e colectivos sociais estarão juntos nas ruas para «obrigar» as instituições bascas a não aplicar os cortes.

Para a responsável do LAB, «nenhum governo tem legitimidade para condenar a sociedade à pobreza, quando existem recursos suficientes para garantir condições de vida suficientes e dignas» para todos os cidadãos.

Incentivaram a aderir à greve geral tanto os que perderam o seu trabalho como aqueles que ainda o têm, os funcionários «e todos os colectivos agredidos», para «dizer não àquilo que aí vem», alertando os cidadãos para o facto de que o Governo do PP prepara a reforma do sistema de pensões. / Notícia completa: naiz.info / Ver também: SareAntifaxista e boltxe.info / Vídeo: Murrizketen aurka greba orokorra (BerriaTB)

Áudio: «NO PASARÁN!», intervenção de Sabino Cuadra no Congresso espanhol (amaiur.info

Ontem, milhares de pessoas mobilizaram-se ruidosamente contra os cortes do Governo espanhol
Milhares de pessoas vieram para as ruas de Hego Euskal Herria [País Basco Sul] ontem à tarde, em resposta à convocatória da maioria dos sindicatos bascos e de dezenas de colectivos sociais, para protestar ruidosamente contra os cortes sociais aprovados esta semana pelo Governo de Mariano Rajoy. Para além das concentrações ruidosas nas quatro capitais e nos seus bairros, houve mobilizações em dezenas de outras localidades.
Em Bilbo
Centenas de pessoas participaram numa concentração ruidosa na Praça Circular. Os tachos e os apitos fizeram-se ouvir durante meia hora, e participantes exibiram cartazes em que se lia «o dinheiro para a banca, para o povo a pobreza» ou «não aos cortes!».
Em Iruñea
As pessoas que se juntaram na Praça do Município manifestaram o seu mal-estar numa concentração bastante ruidosa, convocada pelos sindicatos ELA, LAB e uma dezena de organizações sociais, para os quais a mobilização é «a única alternativa».
Imanol Pascual, do ELA, disse que o protesto visava «denunciar uma política que apenas vai criar mais desemprego e mais pobreza».
Igor Arroyo, do LAB, defendeu a mobilização social como forma de protesto contra «cortes brutais, sem precedentes nas últimas décadas». «Vamos seguir a via grega da mobilização, no sentido de vir para as ruas e fazer frente à classe política, mas também a via islandesa, no que diz respeito à capacidade de decidir», acrescentou Arroyo, que defendeu que «o povo deve ter a palavra». / Fontes: Gara, BilboBranka, naiz.info e SareAntifaxista