No dia 24 de Julho de 1512, as tropas castelhano-aragonesas, comandadas pelo duque de Alba, atravessaram o rio Arga e instalaram-se naquilo que é hoje o parque da Taconera, ao pé das muralhas, exigindo a rendição do povo navarro. No dia seguinte, a cidade levantou-se sitiada e capitulou.
500 anos depois, a iniciativa popular Nafarroa Bizirik 1512-2012 continua a afirmar que os anos que passaram desde então, embora sejam «demasiados» para os «traficantes da História» que «a utilizam politicamente para manter o statu quo actual», não devem ficar «na penumbra do esquecimento», mas ser «lembrados, para recuperar a memória».
Por isso, a iniciativa não quis deixar passar por alto estes dias tão importantes e decisivos para a conquista de Navarra e, dentro da sua linha de trabalho, organizou diversos actos para deixar claro, uma vez mais, que Navarra «continua viva», que foi «conquistada, mas não submetida» e que por isso há muita gente que hoje em dia reivindica essa soberania «arrebatada a ferro e fogo».
Neste contexto, para hoje estava previsto um pequeno acto às 20h30 na zona do Redín (Caballo Blanco / Zaldi Zuri), seguido de uma actuação do cantautor beratarra Petti. Para amanhã foi organizado um acto de desagravo (ao meio-dia) no Rincón de la Aduana / Aduanako Txokoan, às navarras irredentas que sofreram a conquista, e às 21h30 será exibido o filme Gartxot nos frontões do bairro iruindarra de Errotxapea.
Com estes actos, a iniciativa procura também «erguer o testemunho invencível da Navarra insubmissa», uma atitude que tem vindo a manifestar ao longo dos últimos quatro anos de trabalho. «Até agora, acendemos uma pequena luz no céu navarro», disse ontem Sergio Iribarren, membro da iniciativa, na conferência de imprensa convocada para apresentar a agenda destes actos.