sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Contra a Lei Wert, a Ikasle Abertzaleak convoca greve geral em Nafarroa para 14 de Março

A Ikasle Abertzaleak [central estudantil ligada à esquerda abertzale] convocou em Nafarroa um conjunto de mobilizações contra a LOMCE que culminarão numa greve geral dia 14 de Março e uma manifestação que partirá de Antoniutti (Iruñea) às 12h30. Antes disso, nos dias 4 e 8 de Março, haverá várias acções de luta; no dia 7, uma jornada de mobilização.

Segundo explicaram ontem numa conferência de imprensa em Iruñea, o Governo espanhol e o de Nafarroa «querem empobrecer [a sociedade] e destruir os direitos, enquanto enchem os bolsos dos políticos e dos grandes empresários», e sublinharam que não vão permitir «que o sistema mercantilista controle o sistema educativo, fazendo dos estudantes clientes. A educação tem de ser orientada a partir do povo e para o povo».

«No que aos estudos não universitários se refere, estão a tentar criar uma classe estudantil cada vez menos crítica e mais calada. É por isso que nos estão a tentar tirar o direito à greve. Com as imposições da LOMCE há vários objectivos que pretendem alcançar: discriminação de género; atribuir mais poder aos directores; diminuir a participação da comunidade estudantil; o classismo e a diferenciação; pôr de parte os idiomas co-oficiais; diminuir as áreas de estudo no ensino pré-universitário, etc.», referiram.

«A nível universitário, há a questão das propinas, cada vez mais caras e difíceis de pagar. Ao mesmo tempo, com o acordo Estrategia de Universidad 2015 pretende-se que as empresas privadas assumam o controlo das universidades», acrescentaram.

Por isso, a IA reclamou o abandono das reformas educativas e um debate sobre a criação de um sistema educativo próprio para Nafarroa. Exigiu a demissão do ministro espanhol da Educação, José Ignacio Wert; do conselheiro navarro da Educação, José Iribas; e do reitor da UPNA, Julio Lafuente, «por defender um modelo educativo mercantilista, que deixa de lado uma educação inclusiva, de qualidade, heterogénea e paritária», e reclamou a demissão do Governo navarro «pelos seus cortes permanentes, pela política corrupta e pela falta de participação do povo nas decisões». / Martxelo DÍAZ / Ver: Gara