quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Incidentes junto ao Parlamento de Nafarroa nos protestos contra o desemprego e os cortes

Respondendo à convocatória dos sindicatos ELA, LAB, ESK, STEE-EILAS, CGT e CNT, e de diversos organismos sociais, centenas de pessoas denunciaram hoje a situação do desemprego em Nafarroa, que afecta cerca de 55 000 pessoas, concentrando-se frente ao Parlamento navarro, onde decorria uma sessão plenária monográfica sobre a questão.
Apesar de a Delegação do Governo espanhol ter proibido a iniciativa que pretendia «rodear o Parlamento», os manifestantes ultrapassaram as barreiras policiais e percorreram o perímetro da sede parlamentar fazendo ouvir palavras de ordem contra a crise capitalista e a favor da luta dos trabalhadores. Registaram-se vários momentos de tensão com a Polícia Foral, houve bastonadas, e várias pessoas ficaram feridas. A acção de protesto terminou sem problemas.
Antes do início da sessão plenária, em declarações aos jornalistas, o dirigente do ELA em Nafarroa, Mitxel Lakuntza, disse que era preciso «protestar contra a política de emprego do Governo de Nafarroa. Hoje o emprego é debatido com carácter extraordinário, quando pensamos que deve uma questão abordada no dia a dia».

Criticou o Governo foral por orientar a questão do emprego «sobretudo para a concertação social, o que significa fortalecer os interesses do patronato, da UGT e das CCOO», e lamentou que se intensifique a «política de cortes, que implica mais desemprego».

Por seu lado, o porta-voz do LAB em Nafarroa, Igor Arroyo, disse que o elevado número de desempregados «evidencia o fracasso do modelo que imperou em Nafarroa: UPN, PP e PSN esbanjaram o dinheiro na época do crescimento, investiram-no em obras desnecessárias, desperdiçaram-no com os seus amigos, com corruptelas, com lucros empresariais e agora dizem-nos que não há dinheiro».

«Não falta dinheiro, há é ladrões a mais», afirmou, para exigir «uma mudança profunda na política económica e social do Governo de Nafarroa», ainda que se tenha dirigido também à UGT e às CCOO, às quais pediu que, «se tiverem um mínimo de dignidade, abandonem os planos de emprego, pois não podem dar cobertura a esta vergonhosa situação de destruição constante de emprego». / VER: Diario de Noticias via Sanduzelai Leningrado / Mais vídeos e fotos: ateakireki.com