Depois da Greve Geral, a Audiência Nacional espanhola decidiu chamar vários dirigentes independentistas. O Estado espanhol acusa-os de "terrorismo" e de estarem relacionados com os confrontos e acções armadas que se sucederam nesse dia.
Arnaldo Otegi, cuja prisão se pede, tinha audiência marcada para segunda mas devido a problemas de saúde pediu adiamento. O juiz mandou a polícia para a porta de sua casa e um médico para o analisar de 12 em 12 horas até estar em condições para a sessão.
Joan Mari Olano, representante do Movimento Pro-Amnistia, que compareceu à audiência foi preso incondicionalmente. Encarcerado pelo Estado espanhol é acusado de "indutor" de "114 actos violentos" ocorridos durante a jornada grevista. Segundo o juiz, foram "exigidos pela frente militar da organização terrorista ETA". Neste momento estão já marcadas várias manifestações de solidariedade com Olano.
Rafa Díez, secretário-geral da LAB [sindicato independentista], Arantza Zulueta, Juan Joxe Petrikorena e Pernando Barrena serão hoje ouvidos pela Audiência Nacional. Acusa-se-lhes também de fomentar o "terrorismo".
A gravidade de todos estes acontecimentos agrava não só o conflito como demonstra a pouca vontade do Estado espanhol em trilhar o caminho da negociação e da paz que desejam os independentistas bascos.