Mais de 15 mil pessoas responderam ao apelo do Foro Ibaeta e manifestaram-se nas ruas de Donostia pelos direitos dos presos políticos bascos. As fotografias de todos aqueles que deixam uma parte das suas vidas na prisão pela liberdade de Euskal Herria encabeçavam a marcha de protesto.
O Foro Ibaeta apela a que se leve a luta "aos bairros, povoações, centros de ensino, empresas" para se acabar com "a vingança e a chantagem" que as instituições espanholas usam contra os presos bascos. "Não há outro caminho que o compromisso diário".
"Que agrupem imediatamente os presos políticos bascos em Euskal Herria; que ponham imediatamente em liberdade, e sem condições, aos 160 presos e presas sequestradas que já cumpriram as penas que lhes impuseram; que libertem imediatamente os 6 presos doentes, e doentes pela injustiça crónica das políticas penitenciarias".
Enviaram um "abraço caloroso" aos homens e mulheres que formam o EPPK [Colectivo de Presos Políticos Bascos] e a quem lhe é próximo "nestes momentos tão dificies e crueis". E nomearam, desse colectivo: Iñaki de Juana, "sequestrado pelo Governo espanhol e alimentado com uma sonda contra a sua vontade"; José Mari Sagardui, Gatza, que está há 26 anos preso, longe e isolado; Jon Agirre, preso que sofre de doenças graves e ao qual negaram sistematicamente a aplicação do artigo 92 e prolongaram a pena até 2011 quando devia ficar em liberdade já neste mês; e Filipe Bidart, a quem negam a liberdade condicional apesar de cumprir os requisitos estabelecidos pelas autoridades francesas.
Em referência aos mais de 600 presos dispersos " nos 80 Guantanamos de França e de Espanha", o texto do Foro Ibaeta destaca que os querem "vivos, donos dos seus direitos, em casa. E conseguiremos. Não porque os governos se convertirão, da noite para o dia, aos principios democráticos; conseguiremos porque cada vez mais gente está comprometida em dar uma resposta social proporcional a esses ataques brutais".
Fonte: Gara.net