domingo, 5 de fevereiro de 2006

Estado espanhol terrorista


Unai Romano em conferência de imprensa

No dia 6 de Setembro de 2001, a Guardia Civil entrou-lhe em casa, levou-o preso por "colaboração com a organização armada, ETA" e torturou-o barbaramente nas dependências policiais. O caso de Unai Romano tornou-se conhecido pela gravidade das lesões que as torturas lhe provocaram. Depois, foi posto em liberdade por não ter cometido nada do que se lhe acusava.


Unai Romano depois de torturado pela polícia espanhola

Na altura, Unai apresentou queixa e o caso foi a tribunal. Cinco anos depois, a Audiência Nacional espanhola decide arquivar o caso. A Guardia Civil defendia que não o tinha torturado, ele é que se auto-mutilara para culpar o Estado espanhol. De resto, não é nada de especial, o ridiculo desta argumentação é norma habitual por parte das forças de segurança espanholas. O escândalo encontra-se no facto de, com as demonstrações evidentes de ter havido tortura, a Audiência Nacional espanhola decidir arquivar o caso. Afirma que não foi a polícia quem provocou aquelas lesões e os advogados da Guardia Civil já avisaram que irão avançar com a acusação a Unai Romano. Depois de acusador passa a acusado. Ao bom velho estilo fascista.

A promiscuidade da Audiência Nacional com o poder político é clara. Submetendo-se às orientações estatais em relação ao povo basco, o poder judicial comporta-se como uma marioneta fascista. Organismos da ONU têm revelado a perversidade da tortura nas prisões espanholas e, ainda assim, o Estado espanhol prefere prosseguir a sua política assassina contra o povo basco a aceitar as condenações de centenas de organizações humanitárias.

Unai Romano é inocente. O Estado espanhol é terrorista!