Esquerda basca resiste
Apesar de o Tribunal Constitucional espanhol ter proibido 133 candidaturas da Acção Nacionalista Basca (e 260 listas apresentadas pela esquerda independentista), sob a acusação de estarem vinculadas ao ilegalizado partido Batasuna, a ANV conseguiu suplantar os resultados de há quatro anos obtidos pelas plataformas de cidadãos.
De acordo com o jornal Gara, as listas da ANV recolheram 187 mil votos, tendo sido as mais votadas em 54 localidades.
No total, a formação independentista reivindica a eleição de 721 representantes nas quatro províncias espanholas, dos quais apenas 439 foram validados oficialmente, enquanto os restantes 282 foram anulados.
Ainda assim, o Ministério do Interior espanhol reconheceu com válidos 94.825 votos nas listas da ANV, o que se traduz na conquista de 40 municípios, 25 dos quais com maioria absoluta.
Os resultados mais expressivos foram alcançados na província de Guipúscoa, onde foram eleitos 301 representantes, dos quais apenas 193 foram reconhecidos oficialmente.
Em Biscaia, a esquerda independentista elegeu 121 candidatos «oficiais», enquanto outros 126 foram invalidados.
Em Navarra, a ANV elegeu 124 representantes, dos quais 100 são «legais» e 24 foram impugnados.
Finalmente, em Álava, quarta província do País Basco espanhol, a ANV elegeu 47 representantes, sendo oficialmente reconhecidos apenas 23.
A este resultado há que somar o êxito eleitoral da coligação Nafarroa Bai (Navarra Sim), onde participam partidos da esquerda nacionalista basca, que, logo na sua estreia em eleições regionais, se afirmou como a segunda força política, com 12 dos 50 mandatos do parlamento, retirando a maioria absoluta à direita.
em Avante.pt