Num comunicado enviado à redacção do Gara, a ETA afirma que o cessar-fogo permanente iniciado no dia 24 de Março de 2006 continua vigente. A ETA reafirma os objectivos expressos na declaração de 22 de Março (na qual demonstrava a sua disposição para "impulsionar um processo democrático em Euskal Herria para construir um novo marco no qual sejam reconhecidos os direitos do povo basco e assegurando, enfrentando o futuro, a possibilidade de desenvolvimento de todas as opções políticas"). No comunicado, a ETA assume a autoria do atentado de Barajas.
Afirma, para além do mais, que o Executivo espanhol continua sem cumprir os seus compromissos de cessar-fogo.
Encarando o futuro, o comunicado recorda que a oportunidade para desenvolver o processo democrático "chegará através de um acordo político que traga os direitos e mínimos democráticos que se devem dar no País Basco", e apela a acabar com as fórmulas policiais e políticas fracassadas e sem saída.
Por outra parte, a organização assume a colocação de um carro-bomba que explodiu no passado dia 30 de Dezembro num parque de estacionamento do aeroporto internacional da capital espanhola e acrescenta que as suas decisões e respostas serão de acordo com as atitudes do Governo espanhol. Nesse sentido, e após afirmar com claridade a sua vontade de reforçar e impulsionar o processo, acrescenta que, na medida em que persista a situação de agressão contra o País Basco, a ETA tem também a firme determinação de responder, tal e como anunciaram no comunicado de Agosto. Em relação ao atentado de Barajas, a organização afirma com toda a clareza que "o objectivo dessa acção armada não era causar vitimas", e denuncia que não se desalojou o parque de estacionamento apesar das três chamadas realizadas, com mais de uma hora de antecedência, detalhando a localização exacta do engenho explosivo.