[De Bruno Carvalho] Quando morreu, neste dia, há cinco anos, o mundo pôde observar, atónito, como um povo inteiro se acotovelava para despedir-se do comandante da revolução bolivariana. A imprensa ocidental tratava de ridicularizar os milhões que durante dias fizeram filas para ter os seus últimos segundos junto de Hugo Chávez. Essa imagem chocava com o funeral de Margaret Thatcher ou de outros representantes políticos dos grandes grupos políticos e económicos. As únicas ruas que se encheram no Reino Unido foram as que viram os trabalhadores celebrar a morte da bruxa que promoveu o vampirismo neoliberal.
O herdeiro de Maisanta foi celebrado pelas massas que queriam agradecer que um dos seus tivesse resgatado o seu povo das garras de Washington, que, finalmente, todas as crianças pudessem comer mais do que uma refeição, que a saúde fosse acessível a todos, que se tivesse erradicado o analfabetismo e que a Venezuela tivesse passado para a vanguarda dos países com mais alunos a frequentar de forma gratuita o ensino superior. (Abril)