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Tal como ocorreu quando da libertação de Alepo, em qualquer TV, jornal ou revista familiar se vê a imagem lavada da Al-Qaeda ou dos «sucedâneos» do Daesh financiados por estes e por aqueles – entenda-se: a Arábia Saudita, os EUA, as potências ocidentais.
A estratégia já não espanta quando o Exército sírio e os seus aliados estão na mó de cima sobre o terrorismo: a culpa é «regime de Damasco», os Capacetes Brancos estão em Hollywood, o Observatório Sírio é a fonte.
A mesma «imprensa» é acusada há muito de dois pesos e duas medidas na cobertura que faz das operações anti-terroristas e de libertação de cidades na Síria e no Iraque, sendo que do registo das «atrocidades» e da condenação (no caso de Alepo ou de Ghouta) se passa facilmente para a enfática celebração das «operações libertadoras» de Raqqa, na Síria, ou Mossul, no Iraque – estas últimas foram lideradas por Washington e amigos seus, e não pelo «terrível» Assad, em companhia do «ditador» Putin – que agora, ainda para mais, «ameaça» o Ocidente com uma corrida às armas... (Abril)