[De Fernando Correia] Uma coisa são as novas tecnologias e as suas extraordinárias potencialidades para o bem dos homens, outra coisa é o manto dissimulador e anestesiante de uma «era da informação» encarada como uma espécie de «desígnio global da humanidade», perante o qual todos os homens teriam a mesma situação e os mesmos interesses, mas que mal dissimula motivações e objectivos de natureza diversa – económica, política e ideológica.
[…] Mas o que acontece, no quadro das contradições próprias do capitalismo, é esses meios serem utilizados em estratégias de conquista de mercados, operações financeiras especulativas, luta desenfreada pelas audiências, mais ou menos sofisticadas formas de interferência neste e naquele país, alargamento de hegemonia política e ideológica, defesa ostensiva ou disfarçada dos interesses económicos e ideológicos da classe dominante. (o militante)