quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O preso Raúl Aduna foi agredido no Palácio da Justiça de Paris, denuncia a Etxerat

O preso político de Gasteiz Raúl Aduna foi agredido a soco na cabeça e nas costas por funcionários prisionais, e foi levado de rastos pelo tribunal parisiense; dada a violência do ataque, ele próprio não tem a certeza se perdeu os sentidos ou não. Encontra-se preso na cadeia de La Santé.

A agressão ocorreu no dia 8 de Janeiro, mas só hoje a Etxerat teve acesso ao testemunho de Raúl Aduna, em virtude das dificuldades de comunicação. Segundo refere, a agressão ocorreu depois de se ter recusado a partilhar a mesma cela com um preso comum; os funcionários insistiram que ele entrasse, de forma bastante agressiva [oso bortitz eta oldarkor agertu zen lehenengo momentuetatik], e ele sentou-se no chão como forma de resistência passiva.

Com o ataque, Raúl não está seguro do que se seguiu, não sabendo inclusive se chegou a perder os sentidos. A dada altura, percebeu que o seguravam por uma perna e que a cabeça ia de rastos pelo corredor. Depois, percebeu que estava imobilizado no chão, no meio de roupas e mãos, que gritavam com ele e que lhe deram dois socos fortes. Mais tarde, o responsável dos funcionários dirigiu-se à cela e acusou-o de ter agredido um funcionário prisional - facto que Aduna nega - e a Comissão de Disciplina da cadeia condenou-o a vinte dias de castigo, que não terá de cumprir.

Ander Mujika, castigado
O preso político donostiarra Ander Mujika Andonegi, Puxi, encontra-se há cinco semanas no mitard (castigo) da cadeia francesa de Bourg-en-Bresse, a 900 quilómetros de Euskal Herria; encontra-se sozinho (sem outros kides) e quase sem ver outras pessoas, afirma a Etxerat, que refere ainda o facto de, na cela onde se encontra, Ander não ter a maioria dos seus haveres e ver bastante reduzidas as horas de pátio.

A Etxerat realça a «gravidade destes factos», sublinha que a tensão a que os presos bascos são submetidos diariamente deixa marcas na sua saúde, bem como o facto de as violações dos seus direitos humanos serem «constantes». / Ver: Berria e kazeta.info / Ver também: etxerat.info (eus / cas)