quarta-feira, 15 de julho de 2020

«Para que nos deixem ver as estrelas»

[De Bruno Carvalho] Enquanto ele limpava religiosamente a arma com uma escova de dentes, eu pensava para mim que é a perspectiva revolucionária que devolve a cada comunista o entusiasmo de cumprir cada tarefa independentemente da sua natureza e da distância histórica da ruptura com o capitalismo.
[…]
Mas não disparavam apenas. Como um formigueiro, cada um tinha uma tarefa. Todas as manhãs, um guerrilheiro imitava um pássaro e ia de 'cambuche' em 'cambuche' despertando-nos ainda noite escura. (manifesto74)