Evaristo, actual vocalista dos Gatillazo e ex-membro dos míticos La Polla Records, foi retido na sexta-feira pela Guarda Civil no final de um concerto em Jerez, na Andaluzia. Ao que parece, a actuação dos militares estará relacionada com o conteúdo das suas letras. Um jornal afirma que foram os próprios polícias que apresentaram a queixa, alegadamente por insultos proferidos em palco contra as Forças de Segurança.
Evaristo Páramos, nascido em Tui (Galiza), mas desde criança residente em Euskal Herria – Agurain (Araba) e Oñati (Gipuzkoa) –, foi abordado pela Benemérita no final do seu concerto no Festival Primavera Trompetera, em Jerez.
A notícia veio a público no sábado à noite, misturada com rumores de que o cantor teria sido preso. Foi o actor espanhol Willy Toledo que acabou por esclarecer que Evaristo tinha sido retido e identificado, mas não detido nem levado para a esquadra.
Diversos meios de comunicação afirmaram que a actuação policial foi motivada por uma queixa contra as letras das suas canções, que canta nos palcos há mais de 30 anos.
Já um periódico de Madrid, o El País, afirma que Evaristo foi abordado pelos agentes da Benemérita, no final do concerto, porque o cantor proferiu insultos contra as Forças de Segurança - o que lhe pode valer uma multa até 600 euros, ao abrigo da Lei da Mordaça. / Ver: halabedi.eus
La Polla Records - «No somos nada»
Tema do álbum homónimo (1987). A banda era de Agurain (Araba).
domingo, 27 de maio de 2018
Evaristo, 30 anos nos palcos e retido pela Guarda Civil
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