A associação Txinparta voltou a organizar uma sessão evocativa e de homenagem aos mortos de Ezkaba, precisamente no dia em que se cumprem 80 anos da grande fuga do forte-presídio fascista.
O forte, construído no final do séc. XIX no monte Ezkaba, junto a Iruñea [Pamplona], foi usado como presídio a partir de 1934, sem condições mínimas de higiene e salubridade. Com o levantamento fascista, encheu-se de presos e, em Maio de 1938, já a caminho de dois anos de guerra, havia em Ezkaba mais de 2000 presos antifascistas: comunistas, socialistas, anarquistas, nacionalistas, sindicalistas, dirigentes políticos de diversa proveniência...
No dia 22 de Maio de 1938, os presos amotinaram-se e conseguiram dominar a escassa guarda no forte. Dos mais de 2400 presos, 795 decidiram fugir. O exército franquista moveu-lhes uma caça impiedosa e cerca de 200 foram fuzilados logo no monte, nos dias que se seguiram. Os restantes foram presos.
Com os fascistas à pega, só três conseguiram chegar ao País Basco Norte (sob domínio francês). Acabaram por ser metidos em campos de concentração franceses para refugiados. / Informação desenvolvida, fotos e vídeos: @AhotsaInfo