[De Maurício Castro] Chegamos assi à Democracia e ao Estado de direito, que no capitalismo correspondem ao arcabouço político-institucional que possibilita o funcionamento do mercado, mediante umha coerçom controlada em favor dos proprietários dos meios de produçom. A burguesia incorpora o Estado moderno como garante do funcionamento do mercado em condiçons de «liberdade», «igualdade» e «fraternidade» que nom passam do nível formal, situando-se o mercado e a propriedade privada como campo de jogo obrigatório.
Foi precisamente Karl Marx, já desde jovem, quem sublinhou a contradiçom entre essa liberdade formal instaurada pola burguesia, incluindo toda a panóplia de direitos humanos, para igualar os indivíduos (compradores e vendedores de força de trabalho) como participantes obrigatórios no mercado de troca de equivalentes. A compra e venda de mercadorias constitui o processo de produçom em que os proprietários dos meios de produçom compram força de trabalho para a posterior venda de mercadorias produzidas, recuperando o capital investido de forma acrescida, num processo de acumulaçom que funda a contradiçom capital-trabalho e dá forma específica às luitas de classes no capitalismo. (sermosgaliza.gal)
quinta-feira, 8 de agosto de 2019
«2018, Ano Marx (III) / Que liberdade? Que democracia?»
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