1994. Balas e bastonadas para quem pedia asilo para os refugiados bascos em Montevideu. Fernando Morroni e Roberto Facal foram assassinados. Mais de uma centena de pessoas ficaram feridas. «Liberar, liberar a los vascos por luchar!». Hoje há nova manifestação em Montevideu, para lembrar o «massacre» e exigir o fim da impunidade.
O «Massacre do Filtro», que teve lugar em Montevideu (Uruguai) a 24 de Agosto de 1994, refere-se à violenta repressão do Governo uruguaio sobre as milhares de pessoas que se tinham concentrado junto ao Hospital Filtro para apoiar o pedido de asilo político de três cidadãos bascos que estavam presos, acusados de fazer parte da ETA. Os bascos encontravam-se em greve de fome – razão pela qual estavam internados no hospital referido – e seriam extraditados nesse mesmo dia.
A operação de repressão, que provocou a morte de Fernando Morroni e Roberto Facal, e centenas de feridos, foi conduzida pelo inspector nacional, José Dávila, e pelo inspector-geral, Pablo Gerjiulo, que recebiam ordens directas de Ángel María Gianola, ministro do Interior do Governo de Luis Alberto Lacalle.
O povo basco jamais esqueceu o que aconteceu em Montevideu em 1994 e todos os anos lembra os dois que caíram mortos em defesa dos direitos dos refugiados, como ontem aconteceu nas festas grandes [Aste Nagusia] de Bilbo. Com Norma Morroni, mãe de Fernando, mantém-se uma relação de grande carinho.
«Guernica 94 - Represión del Filtro» [documentário]
Ver tb.: «A 25 años de la masacre del Filtro: el ejemplo de solidaridad del pueblo uruguayo sigue peleando contra la impunidad» (diariolajuventud.com)
[transcrição do programa da CX 36 Radio Centenario, com a participação de Norma Morroni e de membros da brigada da Askapena no Uruguai]
sábado, 24 de agosto de 2019
O «Massacre do Filtro» foi há 25 anos – prossegue a luta contra a impunidade
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